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Brasil busca estreitar relações com a ditadura cubana. O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, foi recebido nesta sexta-feira (18) pelo ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Durante o encontro, que durou cerca de uma hora, o representante brasileiro manifestou a intenção de Lula (PT) em reaproximar os dois países.

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Amorim foi emissário de uma carta do próprio presidente, gesto que descreveu como uma demonstração do desejo de aproximação.

Queremos que seja uma relação exemplar, de grande amizade – destacou o ex-ministro.

O assessor especial aproveitou para anunciar que especialistas do Ministério da Saúde visitarão Cuba em breve. Nos governos anteriores do PT, o programa Mais Médicos viabilizou a contratação de mais de 8 mil profissionais cubanos até que a ditadura castrista decidiu abandonar a iniciativa, em 2018, depois das críticas de Jair Bolsonaro. O líder conservador revelou que parte dos salários dos médicos cubanos em atuação no Brasil seriam enviados para financiar a ditadura cubana.

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Amorim antecipou, ainda, que um grupo de empresários viajará em breve ao país para discutir vários temas, entre eles o da agricultura. O anúncio é feito no momento em que a produção de alimentos se torna uma prioridade para a ilha, que importa 100% dos produtos da cesta básica, em meio à sua pior crise econômica em três décadas.

Em junho, o próprio presidente Lula se reuniu com Díaz-Canel, em Paris. Na época, pessoas que acompanharam a conversa afirmaram que o governo brasileiro vai fazer uma revisão para calcular o valor exato da dívida que a ditadura tem com o Brasil relacionada à obras de infraestrutura, como o Porto de Mariel. Autoridades brasileiras estimam que o débito seja de 261 milhões de dólares (quase R$ 1,3 bilhões).

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Além das conversas e da revisão da dívida, essa reaproximação incluiu ainda a reabertura das embaixadas em Havana e Brasília. O movimento é similar ao que o Brasil tem feito para retomar o diálogo com outra ditadura sul-americana: a de Nicolás Maduro, na Venezuela.

Em maio, Lula recebeu o ditador no Palácio do Planalto, em uma visita oficial. Na ocasião, o petista condenou as sanções contra Venezuela e anunciou o “começo da volta de Maduro”. O venezuelano também foi convidado este mês para a Cúpula da Amazônia, mas cancelou de última hora alegando questões de saúde e mandou o vice Delcy Rodríguez.

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