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Brasileiros refugiados foram traídos pelo governo do Paraguai. Os brasileiros pediram refúgio no Paraguai no início de 2023 e foram acolhidos pelo Conare do país, após passarem por todo o processo de pedido de refúgio do Paraguai.

Vários brasileiros estão sendo obrigados a deixar o Brasil, por não conseguir trabalhar e se expressar livremente. O último caso é do influenciador Monark que precisou ir para os EUA segundo suas próprias palavras “para ter liberdade de expressão”.

Outro caso recente que ao realizar seu trabalho jornalístico vem sendo limitado é uma dos jornalistas mais antigos do país, Alexandre Garcia.

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Comissão Nacional de Apátridas e Refugiados (CONARE) é o órgão do Estado paraguaio criado pela Lei nº 1938/02 “GERAL SOBRE REFUGIADOS”, para atender aos pedidos de refúgio, de acordo com o princípio da solidariedade internacional e proteção dos direitos humanos, estabelecido na citada Lei nº 1938/02; a Constituição Nacional; a Convenção das Nações Unidas de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados e outros instrumentos internacionais ratificados pela República do Paraguai.

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Desta forma, os brasileiros estavam acolhidos pelo Paraguai, entretanto, o Conare “traiu os refugiados e com uma armadilha os prendeu”.

O cantor gospel Salomão Vieira, conseguiu escapar da armadilha e gravou um vídeo explicando o ato praticado pelo órgão do governo paraguaio no último dia 14.

Segundo Vieira, os refugiados brasileiros receberam um chamado do Comitê Nacional para os Refugiados, para comparecer a sede do órgão para atualização de dados em hora e data definida.

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“Achei estranho”, comentou. “Eu estava muito doente, com dor de dente, peguei um atestado e não fui. Um advogado foi me representar”, continuou.

Por não ter comparecido, segundo o cantor, uma representante do comitê teria ligado para ele informando que mandaria dois oficiais do governo à casa dele para pegar a assinatura.

Refugiados presos através de chamado do Conare

Na ocasião foram presos pela interpol que os aguardava no Conare, Wellington Macedo, além de Max Pitangui e Rieny Munhoz, acusados por participar das manifestações em 08 de janeiro, segundo a Polícia Federal, a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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“Todo mundo que foi de boa-fé para assinar, a Interpol pegou e prendeu”, disse Vieira, chorando. “Não sei para onde vou. Não sei o que farei. Mas quero deixar registrado o que aconteceu comigo e com os demais: nós fomos traídos. O Conare, que apoia os refugiados, nos traiu. O Paraguai não é seguro. Não temos como ir para outros lugares. Estamos com passaporte, visto, tudo cancelado”, lamentou.

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Segundo Érico Della Gatta, advogado de Salomão, ele recebeu o documento de refúgio do Conare Paraguaio em 16/02/2023 e o mesmo tem validade de um ano, devendo depois ser renovado.

O Conare paraguaio não comunicou nenhum dos refugiados que estaria revogando o documento, e não mais poderia apoiá-los, cumprindo seu princípio da solidariedade internacional.

Salomão é um cantor e compositor conhecido no mundo gospel, com mais de 400 mil seguidores em suas redes sociais. Até onde se sabe, não existe nenhuma comprovação de que ele tenha praticado algum ato ilícito referente ao 08 de janeiro, além de cantar e se manifestar de acordo com suas opiniões e crenças.

A reportagem entrou em contato com o Conare do Paraguai para se pronunciar sobre o ocorrido, sem retorno até o momento.

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