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Capital estrangeiro no país tem pior saldo desde 2016

O fluxo de capital estrangeiro registrou o pior saldo líquido desde a janela entre 2016 e 2024. Desde o início do ano, os investidores estrangeiros retiraram R$ 16,2 bilhões, de acordo com o levantamento do consultor de dados financeiros de mercado Einar Rivero, com base em dados divulgados pela B3 nesta semana.

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O número negativo em 2024 supera o seu pior ano, em 2019, quando registrou uma saída de R$ 6,4 bilhões. Sendo assim, o saldo de 2024 quebra uma sequência de quatro anos de entrada líquida de recursos.

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O melhor ano do fluxo de investimentos estrangeiros na B3, até então, foi em 2022, quando o saldo foi positivo em R$ 119,7 bilhões, seguido pelo ano de 2023 com R$ 55,9 bilhões.

“Em amostras mensais, desde janeiro de 2022, registramos 10 meses com saída de recursos, sendo agosto de 2023 o pior momento, com saída de R$ 10,4 bilhões, seguido pelo mês de janeiro de 2024, com saída de R$ 7,89 bilhões”, apontou Rivero.

Ainda de acordo com o levantamento realizado, o primeiro trimestre de 2022 teve os melhores meses de entrada de recursos de estrangeiros, sendo fevereiro de 2022 o destaque, com R$ 24,3 bilhões, marcando o melhor mês da amostra.

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Saídas de capital no início do ano são reflexo dos mercados internacionais e risco Brasil

As recentes altas nos Treasuries  – as mais longas voltaram a operar acima dos 4,3%, taxa muito superior ao que já vinha sendo negociado desde novembro e dezembro de 2023 – refletem o fluxo negativo.

Mesmo com o mercado americano pagando bem menos que o brasileiro, o investidor não está disposto a se expor ao risco Brasil, que atualmente inclui insegurança jurídica e administrativa, de acordo com os movimentos do presidente Lula.

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Essa alta no tesouro americano veio após os dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos se mostrarem ainda fortes, com salários crescendo acima da inflação, e indicadores negativos para inflação. Dessa forma, o mercado passou a “reprecificar” a curva de cortes de juros por lá.

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Por exemplo, os futuros de juros nos EUA vieram de seis cortes na virada do ano para quatro cortes hoje. Assim, esse cenário de começou a ser repensado, o que trouxe esse reflexo mais negativo para emergentes.

O que se tem visto nesses primeiros meses do ano é um ajuste e uma alocação dos investidores estrangeiros nesse curto prazo, após a mudança da narrativa de cortes de juros por parte do Federal Reserve e de acordo com os riscos e benefícios de cada país.

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