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O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira 4, uma mudança em metas do seu Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024, passando a prever uma fatia maior de títulos atrelados à taxa Selic na composição da dívida pública federal.

Por outro lado, foram reduzidas as previsões de participação de títulos atrelados à inflação, de 27% a 31% para 25% a 29%, e de papeis prefixados, de 24% a 28% para 22% a 26%.

Não houve alteração dos limites para títulos ligados ao câmbio (3% a 7%). Também foram mantidas as metas para o prazo médio da dívida pública federal (3,8 a 4,2 anos) e para o percentual de títulos vincendo em 12 meses (17% a 21%).

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A mudança ocorre após a indicação por Lula do novo presidente do Banco Central Gabriel Galípolo. Lembrando que a maior incerteza do mercado é que o Banco Central sob escolha de Lula passe a reduzir a Selic, mesmo com a inflação crescendo para dar uma impressão de equilíbrio e destruindo a sustentação econômica com o tempo. Caso isso venha a ocorrer será benéfico ao governo Lula ter mais dívidas em Selic que ele irá baixar se quiser, do que de inflação que ela não tem como controlar sem um fiscal estável.

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“Os novos limites de referência do PAF 2024 possibilitam uma estratégia mais alinhada às condições de mercado e sem trazer pressão adicional para a formação dos preços dos títulos a serem oferecidos ao longo do último quadrimestre do ano, contribuindo, em última análise, para o bom funcionamento do mercado de títulos públicos”, disse o Tesouro em nota.

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A pasta informou que os novos limites para os papéis vinculados à Selic subirão para patamar entre 43% e 47% neste ano, contra a meta estabelecida em janeiro de fechar 2024 com uma fatia de 40% a 44%.

O Tesouro argumentou que as maiores emissões de títulos ligados à Selic contribuíram para que o colchão de liquidez para gestão da dívida fosse mantido acima do nível prudencial. Atualmente, essa reserva é suficiente para cobrir 7,97 meses de vencimentos.

Na última sexta, a pasta informou que a dívida pública federal subiu 1,02% em julho ante junho, para 7,140 trilhões de reais. Segundo os dados, a parcela dos títulos remunerados pela Selic alcançou 44,95% no mês passado, acima do teto de 44% estabelecido pelo PAF até então. A fatia de papeis prefixados ficou em 21,33%, abaixo do piso anterior de 24%.

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Na nota desta quarta, o Tesouro afirmou que o apetite por títulos indexados à Selic neste ano aumentou devido às incertezas sobre a política monetária nos Estados Unidos.

“Tais incertezas afetaram os mercados emergentes, pressionando as taxas de câmbio e aumentando a aversão ao risco. Esses fatores impactaram a curva de juros e a demanda pelos títulos do Tesouro Nacional, com investidores buscando ativos de menor risco”, disse.

Segundo a pasta, mudanças tributárias e de comportamento dos agentes econômicos também afetaram o mercado de títulos atrelados à inflação, “levando o Tesouro a atuar com mais cautela”.

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