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Congelamento de preços é a nova cartada da Argentina. Pouco mais de uma semana após visitar o Brasil para parabenizar pessoalmente seu amigo Lula pelo resultado eleitoral de 30 de outubro. O governo da Argentina anunciou, nesta sexta-feira, 11, um acordo com supermercados e fornecedores de bens de consumo para congelar ou regular os preços de 1,5 mil produtos. A intenção do presidente Alberto Fernández é conter a inflação no país, que deve ultrapassar a marca de 100% em dezembro.

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Desta forma, a medida deve atingir produtos como alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza. Os argentinos que verificarem o aumento de preços terão à disposição um aplicativo, que será criado pelo governo para informar o valor “congelado” dos itens. Alguns produtos terão alta de 4% antes de entrarem no esquema de congelamento de preços por quatro meses, enquanto outros iniciarão o programa nos valores atuais — mas poderão aumentar em até 4% ao mês.

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No país a inflação já superou 80%, o aumento dos preços está derrubando o poder de compra dos consumidores, e as reservas em moeda estrangeira cada vez menores criam riscos para a economia. O valor de diferentes produtos no país está subindo em ritmo acelerado, desde a década de 1990, em razão dos problemas causados pela impressão de dinheiro e pelas intervenções governamentais na economia.

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Em razão do nível de pobreza do país, perto de 40%, milhares de argentinos protestaram na quinta-feira 10 contra o governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que emprestou bilhões de dólares ao governo local.

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