Cyrela tem recomendação de compra, segundo Itaú. Mesmo que o ambiente macro ainda incorpore riscos relevantes, tanto internos quanto externos, o BBA enxerga boas perspectivas para a Cyrela. “Há um prêmio de risco significativo implícito na curva de juros e pouco espaço para maior deterioração do microambiente”, explicou.
Por esta razão, A Cyrela (CYRE3) ganhou recomendação de outperform (equivalente a compra) por parte do Itaú BBA, conforme divulgou a casa em relatório.
O BBA apontou a possibilidade de upside para os papéis de 30%.
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Desta forma, o relatório aponta como razão para comprar as ações da Cyrela porque a empresa deve se beneficiar de taxas nominais de longo prazo mais baixas, com uma correlação de 70% para os próximos 5 anos.
E ainda, as expectativas de taxa de juros incorporam um alto prêmio de risco, com taxas nominais futuras de 10 anos em cerca de 12%. Além de inflação futura implícita de 10 anos em cerca de 7%, versus a meta de 3,5% do Banco Central (BC). Também é esperada uma redução significativa na percepção de risco após as eleições presidenciais.
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Além disso, a empresa está entre as cinco ações mais vendidas a descoberto em todo o mercado de ações brasileiro, com percentual de ações livres no mercado chegando a 15%, nível mais alto em 5 anos.
A última justificativa, mas não menos importante assimetria que o banco de investimentos considera a favor da Cyrela está no “microambiente” da empresa.
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Entretanto, o BBA pontuou que as assimetrias levantadas são válidas para a grande maioria do setor de construção de média renda. Porém, como alguns gatilhos dependem de condições macroeconômicas, papéis com maior liquidez, como a Cyrela, devem ser priorizados.
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No entanto, o BBA substituiu a ação da Multiplan (MULT3) pelas da Cyrela em sua carteira recomendada. Como justificativa, explicou que, “embora a Multiplan seja uma proxy de títulos, acreditamos que a Cyrela superará a Multiplan se as taxas de juros de longo prazo caírem após as eleições, com o mercado entrando em modo de risco”, justificou a casa.
Além de Cyrela, atual “lista de compras” contêm: Assaí (ASAI3), Banco do Brasil (BBAS3), BTG Pactual (BPAC11), Eletrobras (ELET3), Energisa (ENGI11), Gerdau (GGBR4), MRV (MRVE3), Vale (VALE3) e Vivara (VIVA3).