Argentina tem inflação de quase 80% e população sofre

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Argentina tem inflação de quase 80% e população sofre. A economia da Argentina sofreu grandes perdas desde o início dos anos 2000, que se intensificaram a partir de 2008, com a crise global daquele ano, e uma queda contínua do valor do peso argentino em relação ao dólar até os dias de hoje.

Essa desvalorização do câmbio do peso argentino, entre outras razões, é explicada pela escassez de dólares no país. Especialistas explicam que, como as reservas internacionais são escassas, a Argentina “está sempre sujeita a ser mais abalada por qualquer tipo de crise global do que um país que tenha mais proteção.” Atualmente, as reservas em moeda forte são estimadas em US$ 32 bilhões, quase 29% menos que os US$ 44,9 bilhões do início do governo de Fernández.

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O real acaba mais estável nessa equação também porque os empresários que exportam a partir do Brasil voltam a internalizar os dólares no país, algo que não acontece na Argentina. O agronegócio brasileiro tem batido recorde em exportação.

O motivo da situação do país com altíssima inflação e desemprego é a postura com relação a economia do governo socialista. O governo interfere em todos os setores do país e busca a reestatização em diversas áreas.

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Em julho deste ano o dólar chegou a 280 pesos e a população em desespero já pedia a renúncia de Cristina Kirchner e Alberto Fernández. Trata-se de um país com baixa perspectiva de crescimento e que sofre com uma inflação muito alta, com analistas já prevendo que chegue a 100%.

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Uma inflação em 100%, para Ricardo Humberto Rocha, professor de Economia do Insper, já é uma tragédia em si, e gera outras. “Não tem uma palavra que descreva melhor esse cenário, já que o cidadão passa a ganhar menos e gastar mais. A Argentina caminha para um empobrecimento violento da sociedade, com uma situação muito crítica.”

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No ano que vem os argentinos irão decidir qual será o próximo presidente do país o que, para Rocha, é uma medida importante para tentar tirar o país do limbo. Mais do que isso, também é preciso adotar planos econômicos de controle inflacionário, como vem acontecendo no Brasil.

“Por incrível que pareça, mesmo estando em 2022, ainda há pessoas que acreditam que aumentar salários sem se preocupar de onde o dinheiro vem é uma forma de controle da economia. Não é e a situação econômica atual do país demonstra isso. O cenário só irá mudar quando colocarem no poder um governo que tenha um bom plano de controle da inflação – que serão duras, mas necessárias”.

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