Patrocinado

Delator da Lava Jato que envolveu Lula é preso a pedido da justiça. Após estar sem nenhum preso pelos crimes referentes a operação Lava Jato, a Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (20) a prisão do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Operação Lava Jato. A decisão foi assinada pelo juiz Eduardo Fernando Apoio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelo julgamento dos processos oriundos da investigação. É importante lembra que o referido juiz é considerado apoiador de Lula e doador de campanha.

LEIA: Investidores consideram que governo federal está na “direção errada”, aponta pesquisa

A decisão do magistrado levou em conta informações prestadas pela Receita Federal sobre o patrimônio do doleiro. De acordo com a decisão, Youssef não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e possui vida incompatível com a “situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”. Segundo a Receita, ele tentou ainda comprar um helicóptero e um avião.

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.Clique aqui

Além disso, o juiz escreveu na decisão que o principal personagem da Lava Jato mantém diversos endereços e que “estaria morando na praia”.

“Note-se que no acordo de delação, o ora investigado ficou obrigado a devolver apenas uma pequena parte de seu vasto patrimônio (devolver R$ 1.893,00), além de bens imóveis de difícil alienação. Ora, a própria Receita Federal denuncia que o investigado teria se apropriado de valores muito superiores aos valores acordados”, disse o juiz.

VEJA: Investidor estrangeiro renova recorde de retirada diária do Brasil. Quase R$ 1 bilhão em um dia

Eduardo Apoio também entendeu que o acordo de delação firmado com a Lava Jato não abrange as novas acusações. “O acordo firmado entre os advogados de Alberto Youssef e a força tarefa do MPF de Curitiba não abrange, na minha interpretação, o presente procedimento, na medida em que seria uma carta em branco genérica que envolveria toda e qualquer investigação criminal, inclusive de crimes que sequer foram descobertos na data da assinatura do acordo”, concluiu.

SAIBA: Reino Unido confisca mais de US$ 8 milhões de ex-funcionário da Petrobras referente a Lava Jato. Brasil não tem mais presos pela operação

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF), criticou a decisão do novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, de prender o doleiro Alberto Youssef novamente.

Dallagnol ainda colocou em dúvida a imparcialidade do novo juiz da operação. “Ao mesmo tempo em que prendia Youssef numa decisão bastante, vamos dizer, ‘econômica’ nos fundamentos, revogou prisão preventiva do réu foragido Tacla Duran, cultuado pela esquerda por ter atacado a Lava Jato. Vai vendo”, completou.

ENTENDA: Plano do PCC para matar autoridades é descoberto pela PF. Moro estava na lista

Youssef foi preso em Itapoá, norte de Santa Catarina, e será levado para Curitiba para passar por uma audiência de custódia. O doleiro responde a 28 processos na Lava Jato. Conforme as regras dos acordos de delação, 13 deles foram suspensos pelo prazo de dez anos. As penas somam mais de 32 anos de reclusão.

ENTENDA: Suprema Corte prende índios e solta Sergio Cabral condenado a mais de 400 anos de prisão

Quem é Alberto Youssef na Lava Jato e ligação com Lula

Alberto Youssef é um doleiro brasileiro que foi preso em 2014 como parte da Operação Lava Jato, uma investigação de corrupção que abalou a política e a economia do Brasil. Ele foi condenado por crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e se tornou conhecido por ser um dos principais delatores do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e outras grandes empresas brasileiras.

SAIBA MAIS: Como está a liberdade da população ao redor do mundo

Durante as investigações da Lava Jato, surgiram diversas acusações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula. Youssef foi um dos delatores que afirmou ter conhecimento de pagamentos ilícitos para campanhas políticas, incluindo a de Lula. Ele também afirmou ter feito repasses de dinheiro para empresas ligadas ao ex-presidente.