Dólar pode chegar à máxima histórica apontam Bancos. O Boletim Focus, do Banco Central (BC), mostra um cenário otimista para o dólar, ao apontar pela sexta semana seguida que a moeda americana encerrará 2022 e 2023 nos R$ 5,20. Porém, há quem estime um cenário bem mais deteriorado.
Entretanto, os economistas do Goldman Sachs, projetam um “dólar mais forte à frente”. Vale lembra que nos últimos dias, o Dólar Index tem atingido os picos mais altos em mais de 20 anos.
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Por esta razão, a equipe do Goldman avalia que os últimos dados econômicos reforçaram a resiliência da economia dos Estados Unidos, enquanto as perspectivas no restante do mundo ainda estão em terreno instável.
O que, desta forma, leva o banco a prever a força da moeda norte-americana contra seus principais pares. Os profissionais do Goldman comentam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda não está convencido de que seria apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos de juros.
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Visto que o Banco Central Europeu (BCE) enfrenta um “trade-off” muito mais difícil diante de um grave choque de oferta. “Achamos que esse ambiente sugere uma maior valorização do dólar no curto prazo”, diz a equipe do banco.
Na mesma linha. o Société Générale, prevê um dólar a R$ 5,50 ao final deste ano. O banco francês projeta um cenário ainda pior em 2023, com a taxa de câmbio chegando em junho de 2023, a R$ 5,95 – nas máximas históricas.
Em relatório, o estrategista para mercados emergentes do banco, Bertrand Delgado, avalia que investidores continuarão tensos em relação às perspectivas fiscais no pós-eleição local.
Com o Dólar em patamares históricos, a perspectiva para a Libra
Para a libra esterlina, o Goldman Sachs destaca uma incerteza política “máxima”, na qual a moeda da terra da rainha tem exibido uma semelhança com alguns mercados emergentes.
“Inflação mais alta, taxas [de juros] mais altas e uma moeda em queda”, dizem, exibindo preocupação quanto a mudança no governo. É esperado que a inflação chegue a 20%, algo bastante imprevisível anteriormente.
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Ainda, no cenário político, Liz Truss venceu a disputa pela liderança do Partido Conservador, tornando-se a nova primeira-ministra do Reino Unido, em substituição à Boris Johnson.
Por fim, a equipe do Goldman enxerga evidências de que as expectativas de inflação mais altas podem ser cada vez mais apoiadas. Isso pode levar a uma resposta mais contundente do Banco da Inglaterra (BoE).
O Euro após mínima histórica, o que esperar?
Diante dos acontecimentos, o Goldman Sachs está fazendo vários ajustes nas previsões do dólar ante as principais moedas pares. Para o euro, a estimativa é de 0,97 e 1,05 em seis e 12 meses, respectivamente, ante a divisa norte-americana.
Segundo os analistas, embora a zona do euro tenha feito bons progressos em relação ao armazenamento de gás para o próximo inverno, não elimina totalmente o risco de uma interrupção mais severa no período.
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No relatório, a instituição explica que embora ainda haja incerteza significativa sobre as perspectivas de médio e longo prazo, a equipe do Goldman acredita que a situação justifica uma perspectiva mais cautelosa. Portanto, um período ainda mais persistente de força do dólar.
Por fim, “ainda achamos que a resposta do BCE [Banco Central Europeu] ao choque de crescimento será secundária para a moeda. É improvável que compensem totalmente a mudança nas perspectivas de crescimento”, afirmou em relatório.