Patrocinado

Equador proíbe exploração de petróleo na Amazônia. Enquanto o Equador anunciava a decisão histórica de suspender a extração de petróleo em uma reserva ambiental na Amazônia, o Brasil incentivava um plano de investimentos que inclui sua exploração perto da foz do rio Amazonas, evidenciando o antagonismo dos dois países nesta questão.

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

O petróleo é um tema cada vez mais incômodo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se apresenta como um defensor do combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que quer fazer a economia crescer com uma estratégia de desenvolvimento que seus críticos chamam de retrocesso por apostar nos combustíveis fósseis.

O Brasil, que abriga 60% da maior floresta tropical do mundo, deveria “deixar o petróleo da Foz do Amazonas no subsolo”, afirmou em nota.

Lula também tem sido pressionado a seguir o exemplo da vizinha Colômbia, onde o presidente Gustavo Petro prometeu pôr fim à exploração de petróleo. A divergência ficou evidente este mês durante a Cúpula Amazônica, em Belém, cuja declaração final ignorou qualquer compromisso sobre a exploração de combustíveis fósseis.

LEIA: Governo Lula propõe imposto do MEI três vezes maior para aumentar arrecadação

Horas depois do anúncio do resultado do referendo no Equador, o Palácio do Planalto divulgou uma nota do Ministério das Minas e Energia promovendo planos de investir 335 bilhões de reais no setor de petróleo e gás no país nos próximos anos.

O projeto deu origem a uma batalha dentro do governo Lula.
Depois que o Ibama negou à Petrobras uma licença de exploração, alegando falta de estudos ambientais, a Advocacia Geral da União (AGU) disse, na terça-feira, que os estudos não eram indispensáveis e pediu um processo de “conciliação”.
“Não existe conciliação para questões técnicas”, reagiu na quarta-feira a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

As contradições da política ambiental brasileira chamaram a atenção na segunda-feira, quando o Equador anunciou a decisão por referendo, o primeiro do tipo, de suspender as lucrativas perfurações de petróleo no Parque Nacional Yasuní, a maior área protegida do país e importante reserva da biodiversidade.