Exército ucraniano recebe doações em Bitcoin superiores a U$ 20 milhões. Desta forma, uma corrente de solidariedade inundou a Ucrânia com doações depois do início da invasão russa, o que inclui o formato de criptomoedas. A Come Back Alive, fundação com sede em Kiev, que fornece apoio ao exército ucraniano, levantou cerca de US$ 400 mil (R$ 2,06 milhões) em bitcoin nas primeiras horas de campanha, de acordo com a empresa de análise de blockchain Elliptic. Na manhã de sexta-feira (25), a carteira da organização já havia recebido mais de mil doações no total, totalizando 109 BTC (aproximadamente US$ 4 milhões, ou R$ 20 milhões).
Contudo, a Come Back Alive começou a aceitar bitcoin em 2018, mas a grande maioria dos tokens chegou nos últimos dias. Além disso, a instituição de caridade aceita transferências bancárias e contribuições via associação ao Patreon. Que é um site norte-americano de financiamento coletivo, mas a modalidade está atualmente suspensa.
De acordo com um relatório da Elliptic, ONGs e grupos voluntários ucranianos arrecadaram mais de US$ 500 mil (R$ 2,58 milhões) em criptomoedas no ano passado.
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E assim, fundada em 2014 pelo especialista em TI Vitaliy Deynega, a iniciativa foi batizada com os dizeres que ele escreveu nos primeiros coletes à prova de balas enviados aos soldados que lutavam contra as forças separatistas e russas no leste da Ucrânia (“voltem vivos”). Hoje, é uma das maiores organizações não governamentais do país que direciona suprimentos e equipamentos necessários – como drones, câmeras termográficas e softwares especializados – para os militares ucranianos.
Contudo, a empresa rastreou os fundos identificando carteiras de criptomoedas usadas por essas organizações. Por exemplo, a Aliança Cibernética Ucraniana, um coletivo de ativistas que realizam ataques cibernéticos contra alvos russos, recebeu quase US$ 100 mil (R$ 516 mil) em seus endereços de bitcoin, ether e litecoin.
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Em contrapartida, políticos ucranianos vêm fazendo esforços conjuntos para transformar o país em um novo paraíso de criptomoedas. Na quinta-feira passada, o parlamento ucraniano aprovou um projeto de lei para legalizar as criptomoedas. O projeto é semelhante ao que já foi vetado pelo presidente Volodymyr Zelensky, argumentando que o país não poderia se dar ao luxo de criar um novo sistema regulatório para ativos digitais.
Entretanto, os ucranianos estão entre os usuários de criptomoedas mais ávidos. A empresa de dados Blockchain Chainalysis classifica a Ucrânia como o quarto país que mais movimenta criptomoedas no mundo. Uma série de ativistas e executivos da área de cripto pediram apoio à Ucrânia. Na quarta-feira, o CEO da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, publicou no Twitter que a empresa estava dando US$ 25 (R$ 129) a todos os seus clientes ucranianos.