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Fim dos benefícios a montadoras para venda de carros novos. Com montadoras fechando e fim dos recursos

Montadoras decidem suspender atividades devido a riscos na produção

Fim dos benefícios a montadoras para venda de carros novos. Com montadoras fechando e fim dos recursos. De acordo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Geraldo Alckmin, a campanha de descontos impulsionou significativamente a cadeia automotiva, com cerca de 125 mil veículos vendidos e descontos que variaram entre R$ 2 mil e R$ 8 mil em carros de até R$ 120 mil.

O Programa de Desconto para Carros foi oficialmente encerrado pelo governo nesta sexta-feira (7), após o esgotamento dos recursos disponibilizados desde o início da iniciativa em junho.

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A medida liberou R$ 650 milhões em descontos diretos e gastou outros R$ 150 milhões para compensar a perda arrecadatória, totalizando o orçamento previsto de R$ 800 milhões.

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“Vimos um recorde de vendas em um único dia, com 27 mil unidades em 30 de junho”, declarou Alckmin. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sugerido que a capacidade fiscal de ampliar a medida estava esgotada.

O MDIC autorizou o uso de 170 milhões em créditos tributários, assim divididos: FCA Fiat Chrysler e Volks (R$ 30 milhões cada); GM, Peugeot Citroen, Hyundai e Renault (R$ 20 milhões cada); Honda, Nissan e Toyota (R$ 10 milhões cada).

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Os recursos devem ser convertidos em descontos ao consumidor na hora da venda do veículo. O total equivale a 34% do crédito disponível para esta modalidade (R$ 500 milhões). Em relação ao primeiro balanço do programa, houve aumento de R$ 20 milhões.

O governo já havia aumentado o orçamento de descontos de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões e estendido a elegibilidade para pessoas jurídicas.

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Porém, ainda existem recursos disponíveis para descontos em caminhões e ônibus. Desse segmento, apenas R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões para caminhões e R$ 140 milhões dos R$ 300 milhões para ônibus foram utilizados.

Segundo Alckmin, o ritmo mais lento se deve à necessidade de retirar um veículo antigo de circulação antes de adquirir um novo, visando a renovação da frota. A burocracia envolvida nesse processo tem sido um obstáculo, e o MDIC está em discussões para agilizar o procedimento.

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Locadoras de veículo aproveitam programa do governo mais não repassam ao consumidor

Após a então liberação do benefício fiscal para as locadoras, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) não informou previsão de desconto no aluguel do veículo para o consumidor.

Paulo Miguel Junior, conselheiro gestor da Abla, disse que o volume de carros que vai sobrar para as locadoras é muito pequeno e deste modo, não acredita que haverá desconto para o consumidor. O executivo também afirma que se fosse um programa de um ano de duração, ele contemplaria uma frota inteira de locadora e isso com certeza refletiria na redução do aluguel para o consumidor, entretanto, do jeito que está, isso não vai acontecer.

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O governo disponibilizou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários à indústria, sendo que R$ 500 milhões são para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil. Além dessa quantia para automóveis, o programa também disponibiliza R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.

Para receber o incentivo, o carro deve atender aos seguintes critérios:

preço (quanto menor, maior o desconto);
eficiência energética (quanto mais sustentável, maior o desconto);
densidade industrial (quanto maior o volume de peças nacionais, maior o desconto);
combustível utilizado (carros flex têm mais desconto do que aqueles apenas a gasolina).
Por enquanto, não há previsão de renovar o programa por mais tempo após o término dos 30 dias.

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Montadoras paralisam operação mesmo com ajuda do governo

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, ressaltou a importância das locadoras e disse que não acredita que o setor tem condições privilegiadas para compra atualmente. Além disso, também disse que as locadoras foram essenciais para que as fabricantes não tivessem mais paralisações.

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“As locadas têm um volume muito importante e, neste momento em que o mercado está em dois milhões de veículos (projeção para 2023), ter as locadoras é fundamental para as fábricas funcionarem. Lembrando que nós tivermos 14 paradas de fábricas neste ano até 20/06, se não fossem as locadoras, os números de paradas seriam muito maiores que 14, seriam 20, 25.”

Atualmente, a maioria da montadoras no Brasil estão paradas.

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