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As taxas dos DIs tiveram ganhos firmes nesta quinta-feira, na terceira sessão consecutiva de altas, com investidores ampliando apostas de que o Banco Central poderá subir a Selic em 50 pontos-base em setembro, em um dia marcado por avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior, alta forte do dólar ante o real e preocupações com a área fiscal.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,98%, ante 10,937% do ajuste anterior.

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Já a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,8%, ante 11,704% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,77%, ante 11,624%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 11,85%, ante 11,721%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 11,82%, ante 11,703%.

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As taxas futuras subiam já pela manhã, acompanhando o avanço dos rendimentos dos Treasuries após a divulgação de novos dados sobre a economia norte-americana.

O movimento ocorreu após dados da economia dos EUA sugerirem que o Federal Reserve aplicará um corte de 25 pontos-base nos juros em setembro, e não de 50 pontos-base.

O dólar à vista fechou em alta de 1,19%, cotado a 5,6227 reais. Nos últimos quatro dias a divisa acumulou elevação de 2,61%. Em agosto, porém, ainda contabiliza baixa de 0,59%.

Às 17h18, na B3 (B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,11%, a 5,6270 reais na venda.

O Departamento do Comércio informou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA subiu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre, conforme a segunda estimativa para o indicador. O resultado representa uma revisão para cima ante a taxa de 2,8% registrada no mês passado. Economistas consultados pela Reuters não esperavam revisão.

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Além disso, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caíram 2.000, para 231.000, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 24 de agosto. Economistas consultados pela Reuters previam 232.000 pedidos.

Neste cenário, a curva a termo abriu em todos os vértices nesta quinta-feira, incluindo os mais curtos, com investidores elevando as apostas de que o BC subirá a Selic em 50 pontos-base em setembro, e não em 25 pontos-base. Hoje a taxa básica está em 10,50% ao ano.

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Perto do fechamento a curva precificava 54% de probabilidade de alta de 25 pontos-base da Selic em setembro e 46% de chance de elevação de 50 pontos-base. Na véspera os percentuais eram de 69% e 31%, respectivamente.

No exterior, os yields seguiam em alta no fim da tarde. Às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 3 pontos-base, a 3,871%.

Altas e baixas do dia

AZUL PN (AZUL4) afundava 23,31%, após a Bloomberg News publicar na quarta-feira, citando fontes, que a companhia aérea está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações até à apresentação de um pedido de recuperação judicial para fazer frente às obrigações de dívida que se aproximam. De acordo com a reportagem, a Azul também está trabalhando ativamente para realizar uma combinação de negócios com a Gol (BVMF:GOLL4) para convencer os credores de que uma nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e melhores perspectivas de crescimento. GOL PN, que não está no Ibovespa, caía 5,5%.

  • AZZAS 2154 ON recuava 4,21%, após anunciar nesta quinta-feira que Ruy Kameyama, atual conselheiro da companhia, será o novo presidente-executivo da AR&Co, que reúne as marcas voltadas ao público masculino. Ele subsituirá Rony Meisler, que, assim como Fernando Sigal, Jayme Nigri Moszkowicz e José Alberto da Silva, fundadores da Reserva, encerrará o ciclo de suas posições executivas na AR&Co em dezembro de 2024.
  • GERDAU PN (GGBR4) avançava 2,66% e METALÚRGICA GERDAU PN (GOAU4) subia 2,32%, tendo no radar anuncio de que a controlada Gerdau Aços Longos levantou os valores depositados judicialmente no montante de 1,77 bilhão de reais, em decorrência do trânsito em julgado de decisão judicial de pedido de cumprimento provisório de sentença relativo ao processo sobre a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e Cofins.
  • VALE ON (VALE3) mostrava acréscimo de 0,76%, em dia de desempenho misto dos contratos futuros de minério de ferro, com o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, encerrando as negociações do dia com alta de 0,53%, enquanto o vencimento de referência na Bolsa de Cingapura cedia 0,42%.

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  • PETROBRAS PN (PETR4) tinha elevação de 0,33%, oscilando ao redor de máximas históricas, apoiada nesta sessão pela alta dos preços do petróleo no exterior, após duas quedas seguidas, já que as preocupações com o fornecimento da Líbia ajudaram a compensar uma queda menor do que o esperado nos estoques de petróleo cru dos EUA. O barril de Brent, usado como referência pela estaral, subia 2,52%.
  • ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedia 0,29%, após renovar máxima histórica de fechamento na véspera, em sessão sem direção única para os bancos do Ibovespa, tendo como pano de fundo dados de crédito do Banco Central de julho, incluindo que as concessões de empréstimos no Brasil avançaram 3,7% no mês passado ante junho. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) recuava 0,45% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) perdia 0,48%, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subia 0,21%.

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