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General do GSI de Lula falsificou relatório do 8 de janeiro, segundo jornal. O general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Luiz Inácio Lula da Silva, adulterou um dos relatórios de Inteligência enviados ao Congresso sobre a manifestação de 8 de janeiro, em Brasília. O jornal O Globo divulgou a informação nesta quarta-feira, 31.

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elaborou dois relatórios sobre o episódio. A comparação desse material mostra que Dias teria retirado de um dos documentos os registros de que ele foi informado dos riscos de invasão das sedes dos Três Poderes.

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Parlamentares que tiveram acesso ao material adulterado constataram que o documento não mostra os onze alertas que o ex-ministro-chefe do GSI recebeu no celular entre 6 e 8 de janeiro. O relatório foi entregue à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional e assinado pelo diretor-adjunto de Dias, Saulo Moura da Cunha.

Os alertas enviados ao ex-ministro-chefe do GSI de Lula

Os alertas constam em outra versão do mesmo documento, entregue pela Abin à CCAI em 8 de maio. A primeira versão foi enviada ao Congresso a pedido da CCAI, enquanto a segunda foi enviada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na época, o magistrado atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

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Na segunda versão do documento, assinada pelo atual diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, aparecem 11 envios de alertas ao celular de Dias. Essas mensagens deixavam claro o “risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades”.

Destaca-se a convocação por parte de organizadores de caravanas para o deslocamento de manifestantes com acesso a armas e a intenção manifesta de invadir o Congresso Nacional”, informa um trecho do documento, enviado às 19h40 de 6 de janeiro. “Outros edifícios da Esplanada dos Ministérios poderiam ser alvo das ações violentas.”

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No dia seguinte, um novo alerta: oito ônibus de outros Estados chegariam a Brasília em 8 de janeiro, para fortalecer o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. “Mantêm-se convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios”, ressalta. Mas não para aí. Dias recebeu outra mensagem, agora em 8 de janeiro, alertando que cem ônibus já haviam chegado a Brasília.

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De lá para cá, o ex-ministro de Lula afirma que não foi informado dos atos de vandalismo na sede dos Três Poderes. Em virtude da adulteração do documento, o assunto deve pautar os trabalhos na CPMI do 8 de Janeiro.