A Petrobras (PETR3;PETR4) desaba nesta quarta-feira (28). Por volta das 16h55, a ação ordinária despencava 5,42%, a R$ 41,52, enquanto a preferencial tinha queda de 5,47%. O tombo também empurrava o Ibovespa, que derretia 1,18% no mesmo horário.
A queda está associada às falas de Jean Paul Prates, que afirmou que a empresa deve ser mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos bilionários.
A empresa agora que deixou de lado a lei das estatais vai gastar milhões em propaganda para o governo federal.
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“O que ele comentou foi que o Capex que temos em cima de energia limpa e renovável deve ganhar força nesses dez anos, para aumentar a representatividade em energia renovável, e para atingirmos essas metas provavelmente teremos ajuste em dividendos”, coloca.
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A tese de dividendos é uma dos principais chamarizes da companhia.
De acordo com Tiago Cunha, gestor de renda variável da Ace Capital e ouvido pela Reuters, as expectativas do mercado quanto ao pagamento de dividendos estavam mais próximas de um valor máximo ao potencial a ser distribuído.
“A fala do presidente, nesse sentido, coloca uma dúvida sobre qual será o percentual pago. Dependendo do percentual, a Petrobras terá um ‘dividend yield’ próximo das outras grandes empresas de petróleo no mundo, o que não justificaria uma preferência pela empresa brasileira”, acrescentou.
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As falas são negativas, uma vez que mandato da empresa envolve trabalhar para escolher projetos com taxas de retorno positivas aos acionistas e não demandar paciência destes, que, naturalmente, irão reagir a qualquer movimento ou fala proferida pelo CEO.
“Petrobras fechou o 3T23 com mais de US$ 17 bi em caixa e, sob uma ótica do caixa ótimo do setor ser de cerca de US$ 8 bi, diversas casas passaram a estimar que a companhia distribuiria grande parte deste hiato em proventos extraordinários a serem anunciados juntos ao balanço do 4T23”, afirmam analistas.
Outra interferência de Lula vem acontecendo na Vale que também está sofrendo, a empresa é a maior empregadora de Minas Gerais, mas Lula quer ter os seus indicados a qualquer preço na empresa que neste caso é privada e não estatal como a Petrobras.
Apesar disso, a casa explica que, mesmo diante da pregação de maior conservadorismo na distribuição extraordinária, dos desembolsos de caixa previstos no âmbito do seu plano de investimentos e das dificuldades de execução inerentes ao seu grande plano de investimento atual, a empresa seguirá sendo uma boa opção para dividendos ao longo de 2024.