Governo investe contra instalação da CPMI e usa piso da enfermagem. Ás vésperas da instalação da CPMI de 08 de janeiro o governo Lula ainda usa de artifícios para “melar” o momento mais aguardado dos últimos meses pela sociedade brasileira.
O governo do presidente Lula tenta usar o piso da enfermagem para adiar por uma semana a primeira sessão do Congresso Nacional — em que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro deve ser lida. Até o momento, a sessão está marcada para acontecer na terça-feira 18, às 12 horas. Segundo parlamentares o presidente do Senado Rodrigo Pacheco deu sua palavra sobre o assunto, antes de ir na comitiva de Lula para a China.
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Até o momento o governo não apresentava nenhuma urgência em ter a primeira sessão conjunta no Congresso, até por esta razão levou Pacheco para a China.
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Trata-se do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) em regime de urgência que garante o pagamento do piso nacional da enfermagem. A informação foi divulgada pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na noite desta segunda-feira, 17, Randolfe convocou uma reunião de líderes do Congresso para discutir sobre a sessão.
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O PLN deve chegar ao Congresso na terça-feira pela manhã. Desse modo, as comissões mistas só conseguiriam terminar de analisá-lo dias depois. Segundo Randolfe, é de interesse do governo ter uma sessão no Congresso antes do fim de abril, por isso eles desejam adiar a data por mais uma semana.
Nos bastidores, o governo busca angariar tempo para convencer os parlamentares a retirarem suas assinaturas da CPMI. Assim, quando a sessão acontecer, o requerimento já não teria o número mínimo de assinaturas — de 171 deputados federais e de 27 senadores.
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Até o momento, a CPMI possui o apoio de 194 deputados e de 37 senadores. O deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento, publicou em suas redes sociais que amanhã a oposição vai protagonizar uma briga regimental, a fim de manter a leitura da CPMI. Conforme ele, a sessão vai acontecer amanhã.
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Fernandes decidiu parar de divulgar os nomes dos parlamentares que assinarem a CPMI. Ele teme que o governo use a lista para amedrontar os políticos. De acordo com o deputado, os parlamentares têm até às 23h59 da terça-feira para retirar suas assinaturas — o ato pode acontecer mesmo depois da leitura do requerimento.