Temendo pelo impacto econômico e social historicamente relacionado às doenças causadas pelo mosquitos aedes aegypti em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) decretou situação de emergência na saúde estadual, por 180 dias. O objetivo do decreto publicado neste sábado (27) é flexibilizar a burocracia para combater uma epidemia com ocorrência simultânea de 11.490 casos de dengue e 3.067 de Chikungunya, somente nas primeiras três semanas deste ano de 2024.
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Zema justifica sua decisão com o argumento de que Minas Gerais registrou um aumento significativo de casos e vítimas fatais das arboviroses, em 2023, sendo 327.238 casos de dengue, com 204 mortes. Enquanto que, até o último dia 22 deste ano, já são 32.316 casos prováveis da doença, fora os 11.490 casos confirmados, e 14 óbitos em investigação e um óbito confirmado no estado.
Outra preocupação é a predominância da circulação do sorotipo 1 de dengue e ainda a detecção, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, do sorotipo 3, após mais de 15 anos sem circular na forma epidêmica no Brasil. Bem como o aumento das solicitações de internação no Estado, por casos graves de dengue com complicações.
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O decreto flexibiliza a burocracia para aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços para atender a situação emergencial. E também institui um Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, para monitorar e gerir a situação de emergência no estado, sob a coordenação da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
A negligência de Lula com as vacinas contra dengue
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) usou suas redes sociais, neste domingo (21), para relembrar a negligência do presidente Lula (PT) com as vacinas contra a dengue em 2023, produzindo recorde de casos da doença.
Em julho do ano passado, o governo petista alegou prestigiar a produção da vacina nacional, do Instituto Butantan, que não tinha, sequer, data prevista para a conclusão de suas pesquisas. Ou seja, sem perspectiva para ser aprovada e pronta, de fato. Com isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não teve outra opção: ficou sem receber vacina contra a dengue.
A decisão do governo Lula desencadeou um recorde da doença em todo o país. O número de casos só nas duas primeiras semanas deste ano foi mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado: 55,8 mil casos prováveis.
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– Lula descartou a vacina contra a dengue ano passado e o resultado foi que, em 2023, tivemos o recorde de mortes com a doença. Só nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano, foram mais de 55 mil casos. Desgoverno negacionista! – observou Carlos Jordy.
Somente neste sábado (20), após o “boom” da doença no país, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a dengue, fabricadas e doadas pelo laboratório japonês Takeda. A primeira remessa possui apenas 750 mil doses.
De acordo com o governo, serão priorizados adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades com mais de 100 mil habitantes.
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