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O Grupo Globo demitiu pelo menos 20 jornalistas na 2ª feira (6.nov.2023). Os cortes foram realizados no Valor Econômico, CBN, O Globo e Extra em redações de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

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Entre os trabalhadores desligados está Carlos Andreazza, apresentador da CBN no Rio de Janeiro. Ele atuou na rádio por cerca de 3 anos. Em sua conta no X (ex-Twitter), o jornalista disse ter trabalhado com “pessoas incríveis” e aprendido “muito” no veículo.

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A Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) e os Sindicatos dos Jornalistas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília exigiram, em comunicado, que as demissões fossem anuladas.

Segundo as organizações, os desligamentos não foram negociados previamente com os sindicatos e o Grupo Globo não apresentou medidas para atenuar o impacto das demissões.

“É necessário que a empresa abra negociação imediata com as entidades e garanta que novos cortes não ocorrerão nos próximos dias”, disseram.

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O comunicado também cita os cortes realizados pelo Grupo Globo no início de 2023. De 3 a 6 de abril, ao menos 40 funcionários foram demitidos do Departamento de Jornalismo do conglomerado de mídia. À época, os desligamentos foram realizados em g1, GloboNews, TV Globo e afiliadas. Entre os trabalhadores desligados estavam jornalistas com anos de empresa, como César Galvão, Marcelo Canellas e Giuliana Morrone.

O Grupo Globo não se manifestou sobre a nota do sindicato, até o momento desta publicação. O espaço segue aberto para manifestação.

Eis a íntegra do comunicado publicado pela Fenaj em conjunto com os sindicatos:

“Ao menos 20 profissionais foram demitidos nesta segunda-feira: empresa não realizou negociação prévia com as entidades sindicais.

Nossa categoria demonstrou por inúmeras vezes o seu papel central na defesa da democracia e da livre circulação de informações. Para os patrões, entretanto, somos mera mercadoria dispensável, calculada em planilhas de engravatados que pouco sabem (mas deveriam saber) que o jornalismo de qualidade se faz com profissionais que tenham salários dignos e direitos respeitados.

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“Infelizmente, nesta segunda-feira (6 de novembro), profissionais do ‘Valor’, da Editora Globo e da ‘CBN’ foram demitidos nas três sedes da empresa, em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Até o momento, em levantamento prévio realizado pelos sindicatos, ao menos 20 jornalistas foram demitidos.

“A extensão e o impacto desses cortes, que podem se caracterizar como uma demissão coletiva, não foram negociadas previamente com os sindicatos. Para piorar, a empresa sequer apresentou planos que ao menos atenuassem o impacto da demissão, como a extensão do plano de saúde. Profissionais com décadas de experiência e de grande contribuição para o jornalismo foram sumariamente dispensados.

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“Os Sindicatos dos Jornalistas de SP, RJ e DF, além da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), denunciam essa grave situação e exigem que as demissões sejam anuladas. É necessário que a empresa abra negociação imediata com as entidades e garanta que novos cortes não ocorrerão nos próximos dias.

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O jornal ‘Valor Econômico’, a Editora Globo (que publica o periódico ‘O Globo’ e revistas mensais) e a CBN estão subordinados a uma mesma direção dentro do Grupo Globo. Em abril, a TV Globo também protagonizou dispensa coletiva, demitindo centenas de radialistas e jornalistas nas diferentes praças da empresa.

“As entidades sindicais expressam toda a solidariedade aos jornalistas demitidos e se mantêm à disposição para prestar apoio e lutar pelos direitos e pela dignidade de nossa categoria!

“Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Município do Rio de Janeiro e Distrito Federal

Federação Nacional dos Jornalistas”

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