O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relacionou a expectativa de deficit maior nas contas públicas de 2023 aos “esqueletos” do governo Jair Bolsonaro (PL).
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O Ministério da Fazenda aumentou a projeção de deficit no resultado primário deste ano para 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto). O rombo esperado agora pelo governo é de R$ 177,4 bilhões em 2023. Já Haddad diz que será de 1,3% do PIB, algo em torno de R$ 140 bilhões ou R$ 145 bilhões. O “empoçamento” de recursos nos ministérios deverá diminuir o deficit em R$ 26 bilhões.
Haddad não mencionou o inchaço do Estado como ministérios e secretárias, nem mesmo o excesso de gastos do governo Lula, que para a maior parte dos especialistas é “um gastador perdulário”.
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“Devemos terminar o ano em torno de 1,3% [do PIB], lembrando que, dentro deste número, estão os esqueletos que nós estamos pagando da gestão passada”, declarou.
Haddad concedeu entrevista a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira, 26. Haddad disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou “parte considerável” dos R$ 30 bilhões de compensação das perdas de arrecadação dos Estados com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O Congresso Nacional aprovou em 9 de novembro o pagamento de R$ 15,2 bilhões aos entes.
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“Os Estados perderam 0,8% do PIB de arrecadação por causa das leis 192 e 194 do ano passado. Essas distorções não vão nos ajudar a arrumar as contas públicas”, disse. Ambas as leis atacaram a tributação estadual dos combustíveis com a redução do ICMS.