Indicado por Lula muda estatuto para seguir presidente da Apex sem a qualificação necessária. O atual presidente da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil), Jorge Viana (PT-AC), mudou o estatuto da Apex-Brasil para poder continuar na presidência com um salário de R$ 65 mil. O caso foi revelada pelo jornal O Estadão.
A Apex é um órgão responsável por divulgar produtos brasileiros no exterior. O estatuto da Apex previa o inglês fluente como “requisito mínimo” para presidir a instituição.
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O ex-senador chegou a ficar 3 meses no cargo, mesmo sem falar inglês fluente. Ele foi indicado para assumir a Apex pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém, o conselho deliberativo da Apex mudou o estatuto no dia 22 de março. Com a alteração, ao invés de obrigatório, a fluência do idioma inglês passou a ser “preferencial”.
A assessoria de Viana informou que ele fala inglês, mas não ao ponto de fazer um discurso.
Ela também informou que a nomeação de Viana engrandece o órgão por conta da capacidade do ex-parlamentar de diálogo e interlocução.
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Escândalos de corrupção de Jorge Viana
O Senador Jorge Viana (PT-AC), foi investigado em 2017 em inquérito autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Jorge Viana será investigado junto com seu irmão, Tião Viana, governador do Acre, também do PT.
Segundo o Ministério Público, o senador Jorge Viana pediu dinheiro para campanha eleitoral de seu irmão, Tião Viana, ao governo do Acre, em 2010. Os delatores disseram na delação da empreiteira que repassaram R$ 2 milhões à campanha de Tião Viana, sendo R$ 500 mil como doação oficial e os outros R$ 1,5 milhão como caixa 2.
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A Procuradoria Geral da União fez o pedido com base nas delações do ex-executivo da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e do ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.
Os delatores afirmaram que o valor foi descontado da cota global do Partido dos Trabalhadores (PT), o pagamento contou com a anuência de Antônio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, e o pagamento foi efetuado pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, mais conhecido como “setor de propinas” da empreiteira, com a utilização de offshores.
Fachin autorizou inquéritos para investigar 9 ministros, 29 senadores, 42 deputados e 3 governadores, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”.
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