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A inflação na Argentina disparou 12,7% em setembro, em relação ao mês anterior. O índice de preços ao consumidor avançou 0,3 ponto porcentual sobre os dados de agosto, colocando o governo platino na defensiva a dez dias das eleições presidenciais.

Em 12 meses, a inflação acumulada na Argentina alcançou 138,3%, informou nesta quinta-feira (12) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

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Como resultado, o Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou uma elevação de sua taxa básica de juros, a Leilq, em 27 pontos porcentuais, a 145% ao ano.

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Inflação na Argentina em 12 meses
Para se ter uma ideia da situação, os preços do país vizinho andaram em apenas um mês o equivalente a quase três vezes a inflação acumulada do Brasil nos últimos 12 meses, que hoje esta em 5,19%.

Os setores que mais contribuíram para a disparada dos preços em setembro foram, pela ordem, o de vestuários e calçados (15,7%), lazer e cultura (15,1%), alimentos e bebidas não alcoólicas (14,3%).

Na outra ponta, os setores que menos subiram no mês foram de educação (8,1%) e de preços residenciais, como alugueis, água e eletricidade (8,5%).

Desabastecimento
A inflação alta na argentina é um dos sintomas da grave crise econômica que passa o país. Em dívida com o FMI e com as reservas em dólares no vermelho, a Argentina observa a sombra de um desabastecimento generalizado em produtos importados ou que dependem de peças de fora.

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Entidades empresariais e grupos de saúde vêm desde o começo do ano publicando notas de alerta, mas a recente desvalorização da moeda e com a entrada de dólares cada vez mais escassa, as ausências de produtos ficam mais evidente e o medo é de uma paralisação completa da produção industrial do país.

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Em agosto, o governo, que tenta se manter no cargo pela candidatura de Sergio Massa à presidência, correu para negar que havia risco de desabastecimento de produtos médicos depois que associações de tratamento de diálise alertaram que não estavam conseguindo comprar insumos e poderiam suspender tratamentos. Mas os comunicados de alerta não param de chegar e vêm dos mais diversos setores.

“As atuais restrições regulatórias e cambiais impedem o regular abastecimento do sistema de saúde, o que afetará a qualquer momento a realização de análises clínicas, obrigando à suspensão de intervenções como transplantes e cirurgias, colocando em risco de vida os pacientes do país”, afirmaram entidades que representam empresas e laboratórios médicos em um documento enviado em julho ao ministro da Economia e presidenciável, Sergio Massa.

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A área médica não é a única a sofrer com dificuldades de importação. Há pelo menos três meses a Argentina não recebe carros importados e faltam peças para os automóveis em manutenção. Entidades químicas também alertaram para a falta de insumos que impactariam desde a produção de alimentos até antibióticos, e a indústria no geral vê sua dívida externa crescer conforme o governo não libera os dólares para pagamentos de compras já feitas.