Itaú compra corretora Ideal após vender XP

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Itaú compra corretora Ideal após vender XP. O Itaú Unibanco (ITUB4) assinou contrato para a aquisição de até 100% do capital social da corretora Ideal e suas subsidiárias, informa fato relevante divulgado nesta quinta-feira (13).

E assim, um ano depois de decidir vender a participação na XP, o Itaú Unibanco (ITUB4) está de volta ao jogo das plataformas de investimento independentes. O maior banco privado brasileiro anunciou a compra de 50,1% do capital da Ideal.

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Segundo o fato relevante, a compra será realizada em duas etapas ao longo de cinco anos. Na primeira, o Itaú irá adquirir 50,1% do capital social e votante da Ideal, através de um aporte primário e da aquisição secundária de ações que totalizam aproximadamente R$ 650 milhões, passando a deter o controle da companhia.

E assim, o banco aposta, por exemplo, na oferta de produtos e serviços financeiros (“broker as a service”) pela Ideal em modelo “B2B2C” por meio da plataforma “white label”. Ou seja, outras plataformas usando sua própria marca, mas com a infraestrutura da Ideal.

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Outra aposta do Itaú é na possível aceleração da entrada no mercado de agentes autônomos de investimentos, o modelo que permitiu o crescimento da XP. No entanto, a aquisição da Ideal ainda precisa passar pela aprovação do Cade e do Banco Central. Foi justamente nessa fase que a compra da participação na XP começou a dar errado.

Contudo, os investidores pessoas físicas conhecem bem as plataformas de investimento como XP, Genial, BTG Pactual Digital, Vitreo e outras. Mas a maioria provavelmente desconhece a Ideal, adquirida agora pelo Itaú. Isso porque a corretora cresceu atendendo os grandes investidores institucionais.

Criada há apenas três anos, a Ideal rapidamente chegou às primeiras posições em volume de negócios na B3. Em 2020, a Ideal recebeu um investimento de R$ 100 milhões do fundo Kaszek, investidor de outras fintechs de sucesso, como Nubank e Creditas.

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E assim, o passo final para um dos divórcios mais esperados do mercado financeiro brasileiro foi concluído na noite de 01 de outubro de 2021. Os acionistas aprovaram, em assembleias das duas companhias, a fusão entre a XP e XPart — empresa que “herdou” a participação do Itaú (ITUB4) na corretora.

No entanto, a proporção de troca acordada é de uma ação da XP para cada 43,3 ações da XPart, que será extinta. Os acionistas controladores de Itaú, Itaú Unibanco Participações (Iupar) e Itaúsa, além dos titulares de ADRs, receberão ações Classe A da XP. Além disso, Itaúsa e Iupar passaram a ser parte do acordo de acionistas da corretora.

Na prática, isso significa que ambas terão direito de indicar membros ao conselho de administração e Comitê de Auditoria da XP. O fim do casamento entre as empresas foi motivado por uma decisão do Banco Central que proibiu o banco de comprar o controle da corretora