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Em uma decisão que afeta em cheio o mercado financeiro, o Conselho Monetário Nacional anunciou mudanças significativas nas regras para a emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) nesta última sexta-feira (2).

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Segundo o governo Lula, as mudanças visam aumentar a eficiência das políticas públicas de apoio aos setores do agronegócio e imobiliário. Porém, é sabido que o foco do governo é em aumentar a arrecadação de impostos.

Uma das principais alterações é a restrição do lastro desses instrumentos financeiros para garantir que sejam usados em operações compatíveis com suas finalidades originais, contribuindo para um mercado de crédito mais robusto.

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De acordo com analistas, na prática, o governo está atento à isenção tributária dada às pessoas físicas que investem nesse tipo de instrumento, cujos estoques superam R$ 1 trilhão”, “Ainda, há a certeza de que muitas emissões foram realizadas com lastro em operações que fugiram da finalidade imobiliária ou agropecuária”. (VEJA O VÍDEO PARA ENTENDER MELHOR)

Para alguns analistas, o mercado teve “uma enxurrada de operações enquadradas como possíveis, distorcendo o propósito de isenção de IR e criando uma classe de produtos supercompetitivos quando comparados com a renda fixa tradicional”.

Impacto para pessoa física: vencimento prolongado
No caso das LCIs e LCAs, a mudança mais significativa é o aumento do prazo mínimo de vencimento, que passou dos atuais 90 dias para nove meses, com o objetivo de facilitar o gerenciamento de ativos e passivos das instituições financeiras.

“O maior impacto para o investidor pessoa física será praticamente o fim do uso desses títulos para a composição da reserva financeira, por causa do alongamento do seu prazo de vencimento”, explicam analistas.

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Porém, na prática outra questão que já está sendo percebida, é que a quantidade de boas ofertas deste tipo de investimento praticamente desapareceu das prateleiras da corretoras de valores.

Será que os títulos LCI e LCA rendem mais que CDB

Usualmente com títulos a 90% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), os LCIs e LCAs rendem mais que um tradicional CDB a 100% do CDI.

Com a queda da taxa de juros nos últimos meses, com a Selic atualmente a 11,25%, e projeções que a colocam em 9% no final do ano, investidores começam a reposicionar suas carteiras.

Como nem todos tem um perfil arrojado, boas oportunidades também existem na renda fixa. As Letras de Crédito podem ser uma boa opção de rentabilidade.

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Protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como os famosos CDBs (Certificado de Depósito Bancário), os investimentos trazem basicamente a mesma segurança.

A desvantagem em relação ao CDB é na liquidez -agora o investidor terá que deixar os investimentos por no mínimo 9 meses, de acordo com as novas regras do governo Lula. Já o CDB você consegue encontrar até mesmo liquidez diária..

Veja o rendimento líquido de um LCI/LCA, que é isento de imposto de renda, contra CDB. O parâmetro utilizado foi a taxa Selic de 11,25%.

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Investimento (R$ 10 mil)1 Mês3 Meses6 Meses1 Ano
LCI 90% do CDI84,46253,84511,731.040,29
CDB 100% do CDI72,66219,38445,20905,00
CDB 110% do CDI79,95241,33489,72996,00