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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, elaborou um dossiê sobre os ataques e xingamentos, ameaças e racismo que sofreu nas redes sociais desde o início da semana, após sua ida ao Morumbi em avião da FAB e sua assessora praticar xenofobia pelas redes (entenda caso nos links).

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O material foi encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta quinta-feira (28) para a apuração. Os textos dos ataques foram reunidos com os perfis, dias e horas dos envios/postagens, para que municiem a investigação e posterior responsabilização dos autores.

O próprio jornal Estado de São Paulo, criticou a prática da ministra e sua assessora. E ainda, em uma de sua colunas colocou uma avaliação nomeada “A ministra Anielle Franco é um desastre do começo ao fim”.

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Anielle Franco não aceita críticas e prestar contas a sociedade

Segundo o jornal o simples fato de ela como pessoa pública não aceitar receber críticas já não lhe permite estar no cargo.

Em editorial publicado nesta quarta-feira, 27, o jornal O Estado de S. Paulo criticou a conduta da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pelo episódio do último domingo, 24.

A ministra usou jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para comparecer à final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, no estádio do Morumbi.

O objetivo oficial da viagem era assinar um protocolo de ações entre o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para combater o racismo no esporte.

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No entanto, em publicações nas redes sociais, a ministra e suas assessoras adotaram uma conduta descontraída, incompatível com sua função.

Estadão ironiza que “Depois de tão penosa missão, e como afinal ninguém é de ferro, a ministra, flamenguista declarada, aproveitou para torcer confortavelmente para seu time do coração a expensas dos contribuintes.”

De acordo com o editorial, é lamentável constatar, a partir destes acontecimentos, que faltam à ministra bom senso, responsabilidade e humildade.

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A irresponsabilidade da ministra

A irresponsabilidade fica patente por Anielle ter agido como torcedora, não como membro do primeiro escalão do governo federal em viagem de trabalho.

O mau exemplo, segundo o Estadão, estimulou suas assessoras a se comportarem como “brucutus das torcidas organizadas, inclusive fazendo gestos obscenos para a torcida adversária.”

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Anielle viajou acompanhada de Marcelle Decothé e Luna Costa, respectivamente chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos da pasta e assessora especial de comunicação estratégica.

Decothé publicou um vídeo em que insulta a torcida do São Paulo, chamando-a de “branca, que não canta, descendente de europeu safade (sic)”.

“Diante dessa atitude indefensável, a exoneração, ocorrida no final da tarde de ontem, era a medida justa e necessária. Ganha o serviço público.”

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A falta de humildade da ministra

Ao ser questionada pela conduta inapropriada, Anielle rebateu que precisou abrir mão de estar com suas filhas para cumprir com agenda oficial.

” A sra. Anielle Franco ainda teve a audácia de recorrer à maternidade, um ponto sagrado para a sociedade brasileira, para justificar seu erro.”

O jornal prossegue: “Jogou na mesa a carta da mulher que abre mão de tudo, inclusive da família, para trabalhar pela “causa” em pleno domingo. É muita desfaçatez.”

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Para Estadão, ao se aborrecer, ministra mostrou despreparo para lidar com escrutínio público.

No final do documento, o periódico afirma que se a ministra não está preparada para que sua agenda pública seja escrutinada pelos cidadãos, deve colocar seu cargo à disposição do presidente Lula da Silva.

E conclui:

“se a ministra é tão ciosa da missão de combater o racismo, a misoginia e a violência de gênero, de resto uma pauta incontornável para qualquer país civilizado, não deveria desmoralizá-la, servindo-se dela como espécie de manto moral para encobrir seus deslizes.”

A íntegra do editorial está disponível no site do Estadão.

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