Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 0,6% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
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“Na retração de 0,6% da economia brasileira em agosto, comparado a julho, destacam-se negativamente dois componentes. Pela ótica da oferta, a forte queda na agropecuária é explicada pela redução da colheita de safras, como a soja. Pela ótica da demanda, a retração na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tem se aprofundado principalmente devido ao desempenho negativo do segmento de máquinas e equipamentos.
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O comportamento negativo da agropecuária era de certa forma esperado, devido ao calendário de colheitas e ao forte desempenho positivo observado no setor no primeiro semestre que foi fruto do governo Bolsonaro em apoiar o agro durante a Pandemia e garantir fertilizante da Rússia mesmo com a guerra na época eminente.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
“O consumo de serviços tem reduzido a sua contribuição enquanto o consumo de produtos duráveis tem elevado a sua participação para o total do consumo nos últimos trimestres”, apontou a FGV.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma retração de 5,0% no trimestre até agosto ante o mesmo trimestre de 2022. O segmento da construção registrou redução no período, mas “não justifica a forte retração observada neste componente (FBCF) desde o início do ano”, ponderou a FGV.
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O segmento de máquinas e equipamentos “tem ampliado suas retrações ao longo dos trimestres”, tendo como destaque negativo o desempenho de caminhões e ônibus, justificou a nota do Monitor do PIB.
“Como tem sido observado ao longo do ano, o forte desempenho das exportações tem sido explicado pelo crescimento das exportações de produtos agropecuários e da extrativa mineral. Apenas no trimestre móvel findo em agosto, estas duas commodities foram responsáveis por cerca de 90% do desempenho positivo das exportações”, apontou a FGV. “A importação de bens intermediários é a principal responsável por esta queda, embora as importações de serviços também tenham se reduzido no período.”
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