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O MPF-DF (Ministério Público Federal do Distrito Federal) decidiu abrir um novo inquérito civil público para investigar possíveis indícios de improbidade administrativa do deputado André Janones (Avante-MG) pelo suposto esquema de “rachadinha” (repasse de salário de funcionários).

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O processo foi aberto pelo procurador da República Daniel Cesar Avelino, depois da apresentação de uma notícia-crime pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) e pelo influencer Guilherme Kilter em 30 de novembro de 2023.

Janones foi o braço direito de Lula na campanha eleitoral 2022, em 2023 lançou um livro para contar como conseguiu através das redes sociais ajudar a eleger Lula, inclusive divulgando informações falsas. Desde o início dos escândalos, Lula e o PT tem deixado Janones de lado.

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O documento diz que Janones teria desviado “recursos públicos em prol de seus próprios interesses, propiciando enriquecimento pessoal”. Janones também é alvo de outra investigação, instaurada em dezembro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e ligada ao mesmo caso. A decisão atendeu a um pedido feito pela PGR (Procuradoria Geral da República). As investigações correm em paralelo.

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A decisão, do ministro Luiz Fux, estabelece prazo inicial de 60 dias para que a PF (Polícia Federal) realize as diligências. Foi autorizado também que os depoimentos de Janones, de seus assessores e ex-assessores de gabinete sejam tomados.

A DENUNCIA DE RACHADINHA DE JANONES

Em novembro, um áudio atribuído a Janones indicava a participação do congressista em um suposto esquema de rachadinha em seu gabinete. Janones negou as acusações e afirmou que as falas foram “tiradas de contexto”. 

A gravação teria sido vazada pelo seu ex-assessor Cefas Luiz e feita em fevereiro de 2019, quando o deputado foi eleito pela 1ª vez ao Legislativo. No áudio, Janones diz que conversará em particular com os interlocutores para negociar e auxiliar no custeio de suas contas pessoais. Não é possível saber quem está presente na reunião gravada.

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Eu não me corromper significa não ceder à corrupção. Por exemplo, tem algumas pessoas aqui que eu vou conversar em particular depois que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito”, disse o deputado em trecho do áudio…

JANONES SEGUE A LINHA DE NEGAR TUDO

À época da revelação do áudio, Janones negou que teria participado no suposto esquema e disse que o conteúdo do áudio se tratava de uma “vaquinha”. “Não existe a palavra ‘devolver’ no áudio, se fala em vaquinha. Discordo que vaquinha seja o mesmo de rachadinha. Qual a diferença? É muito nítida. Na rachadinha, existe um controle, você sabe quanto a pessoa recebe, cobra um valor determinado e ela tem que devolver para você. Isso é uma maneira de você desviar indiretamente. É roubo, corrupção”, afirmou em novembro passado ao Uol.

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Depois da abertura do inquérito no STF, Janones comemorou. Por meio de seu perfil no X (ex-Twitter), o deputado federal comentou sobre a decisão de Fux. “As ‘mentiraiadas’ contra mim estão com prazo contado: 60 dias”, disse. “Finalmente a verdade aponta no caminho. No prazo de 60 dias, a PGR vai me ouvir e ouvir assessores, ex-assessores. Assim, restará comprovado cabalmente que nunca houve qualquer crime cometido em meu gabinete”, escreveu.

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