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O que esperar da temporada de resultados das empresas do setor financeiro?

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O que esperar da temporada de resultados das empresas do setor financeiro? A primeira semana dos resultados do quarto trimestre de 2022 não foi tão movimentada, mas trouxe números importantes, como o da Cielo (CIEL3), que voltou a apresentar resultados positivos, enquanto o Santander Brasil (SANB11) trouxe os primeiros impactos da crise na Americanas (AMER3) para o setor bancário, além de reforçar a visão mais negativa para o banco privado (por outros motivos além da varejista).

As próximas semanas serão mais movimentadas, com a temporada se estendendo até o fim de março.

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E assim, a forma pela qual o caso Americanas (AMER3) impactará o setor financeiro é um dos grandes destaques do trimestre. Os analistas veem ainda cada vez mais uma diferença entre os bancões, com Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) em destaque positivo no curto e no médio prazos, enquanto Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4) apontam como os negativos.

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O resultado do Santander no começo de fevereiro acabou confirmando esse cenário. O Itaú BBA, por exemplo, citou as fracas tendências operacionais como um dos pontos ruins do balanço e avaliou que o Bradesco deve apresentar desafios semelhantes.

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Na avaliação da XP, as altas taxas de juros de longo prazo devem continuar pressionando a margem com mercado do Bradesco no 4T22. Além disso, esperam que esse efeito continue nos próximos trimestres. Incrementos marginais na inadimplência dos bancos devem ter um impacto assimétrico nos resultados do 4T22, com um impacto menor no Itaú e no Banco do Brasil devido ao portfólio mais defensivo da sua carteira e índices de cobertura mais elevados em comparação aos pares.

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Isso deve levar Itaú e Banco do Brasil a permanecerem na liderança no quesito rentabilidade, apresentando impactos apenas marginais em decorrência do ambiente desafiador em seu ROE. Cabe ressaltar que o Santander Brasil e o Bradesco apareceram, proporcionalmente, como os mais afetados entre os ‘bancões’ com o “caso Americanas”. O BTG Pactual (BPAC11) também aparece entre os mais afetados.

o Itaú BBA foi categórico ao falar sobre o quarto trimestre: “evite bancos”. As provisões são um tema antes mesmo antes do evento nas Lojas Americanas, com pressão sobre os lucros. Sobre o Bradesco, veem alta nas provisões e despesas operacionais, vendo lucro crescente apenas no BB. Já Nubank (NUBR33) e Inter (INBR32) devem ter pequenas altas nos lucros para o que é um trimestre sazonalmente melhor, enquanto o BB Seguridade deve novamente se destacar positivamente, embora já bem esperado. No universo de adquirência, são mais construtivos com PagSeguro (PAGS34), que devem mostrar queda do custo de financiamento neste trimestre.

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Para os bancos, o Bank of America também espera números trimestrais mistos, com Itaú e BB superando Bradesco e Santander. No entanto, é provável que os investidores se concentrem no guidance para 2023. Para o trimestre, a margem financeira com clientes deve seguir robusta (crescimento da carteira de crédito, reprecificação), compensando as maiores despesas de provisão (sem considerar qualquer impacto relacionado à Americanas), uma vez que a inadimplência deve continuar a se deteriorar em ritmo gradual, especialmente o consumidor. A margem financeira com o mercado pode decepcionar, pois as taxas permanecem elevadas.

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A geração de receita dos bancos digitais e a adição de clientes devem permanecer robustas, com resultados financeiros se beneficiando de ganhos de eficiência, embora o foco do investidor permaneça nas tendências. Os adquirentes devem registrar um crescimento desacelerado do TPV (volume total de pagamentos) e despesas financeiras elevadas, mas em linha com o guidance para o trimestre. As seguradoras devem mostrar tendências operacionais de melhoria, exceto Caixa Seguridade (CXSE3).

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