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Petrobras deve levar calote da Argentina. O país pediu mais prazo para pagar

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Petrobras deve levar calote da Argentina. O país pediu mais prazo para pagar. A Argentina solicitou ao governo brasileiro e à Petrobras (PETR4) maior prazo para o pagamento de compra de energia térmica, passando de 30 dias para 180 dias, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

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De acordo com a agência de notícias, a companhia estaria considerando atender o pedido, visto a situação complicada do país vizinho, que precisa de energia para enfrentar o inverno e aquecer as casas.

Neste ano, o Brasil tem exportado energia elétrica para Argentina e Uruguai principalmente a partir das hidrelétricas, cuja geração foi beneficiada pelo regime hidrológico favorável, que pressionou os preços internos.

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A solicitação, segundo a Reuters, teria sido feita durante a última visita de Alberto Fernández à Brasília, onde se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também participou, segundo o jornal O Globo, que publicou mais cedo a informação.

Segundo essa fonte à Reuters, a Petrobras está avaliando se a Argentina consegue mobilizar garantias de outras naturezas financeiras. “‘La garantia soy yo’ não resolve”, afirmou.

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Segundo o jornal O Globo, que ouviu fontes argentinas, a petroleira poderia realizar um esquema de financiamento próprio de suas exportações ao país vizinho.

Segundo uma fonte do mercado com conhecimento do assunto, ainda não houve mudança nos prazos de pagamentos.

No caso da energia térmica, como os pagamentos não são antecipados, os contratos são garantidos por fianças bancárias, e essas cartas de fiança vencem logo depois das liquidações mensais dos contratos de energia.

Nenhuma extensão de prazo ou mudança de contrato na exportação foi registrada ainda, segundo a fonte, que notou também que outras obrigações teriam que ser pagas no prazo, como pagamentos de encargos e transporte de energia, caso a Petrobras aceite a postergação de pagamento.

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Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. As pessoas ouvidas pela Reuters pontuaram, no entanto, que as chances de obtenção de financiamento neste caso é praticamente impossível, pois as instituições financeiras não querem tomar o risco, diante das grandes dificuldades financeiras da Argentina.

“Nenhum banco topa entrar junto”, disse a segunda fonte, também na condição de anonimato.

“A energia vendida é térmica. Essa venda de energia para eles varia muito. Não é um contrato firme. Tem meses que precisam muito, tem meses que precisam menos”, disse essa fonte à Reuters, sem detalhar volumes ou valores.

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