Logo após ser liberado da prisão em Brasília, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partiu imediatamente para São Paulo para se reunir com sua família.
Costa Neto, que havia sido detido na quinta-feira (8/2) pela Polícia Federal (PF) na capital federal devido a sua arma legalizada estar com o porte expirado e ainda não tinha a renovação e também porque a PF alegou que a pepita de ouro encontrada em sua casa precisava ser investigada. Ele conseguiu voar para São Paulo na mesma noite de sua liberação.
Inicialmente, na sexta-feira (9/2), Moraes transformou a prisão em flagrante de Costa Neto em preventiva, que é indefinida. Contudo, no sábado, a situação mudou quando Moraes concedeu a liberdade provisória a Valdemar, seguindo um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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A decisão levou em conta a idade avançada de Valdemar, 74 anos, e o fato de os supostos crimes não terem sido cometidos com violência ou grave ameaça.
O fato é que Valdemar ainda continua preso a medidas cautelares impostas por Moraes. Medidas cautelares específicas. A repercussão da soltura de Costa Neto foi amplamente comentada, com manifestações como a do advogado Fabio Wajngarten, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Wajngarten declarou sua gratidão nas redes sociais por todo o apoio recebido, destacando as longas horas de trabalho e a falta de sono.
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O dirigente partidário disse que decidiu deixar a Superintendência da PF pela saída principal para dar boa noite à imprensa.
A PF diz que Valdemar foi o “principal fiador” de questionamentos da legenda contra a lisura do processo eleitoral de 2022, no qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente, em detrimento da reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
O presidente do PL agora estará em liberdade, mas cumprindo algumas exigências. Entre as medidas estão a proibição de manter contato com os demais investigados, inclusive através de advogados e a proibição de se ausentar do país. A proibição de contato com advogados causou manifestação da OAB que criticou Moraes por proibir os advogados de exercerem suas prerrogativas .