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Prisão de manifestantes em ginásio da PF é ilegal, afirmam advogados

Manifestantes presos sem água e comida

Prisão de manifestantes em ginásio da PF é ilegal, afirmam advogados. De acordo com vários advogados que tem encontrado inúmeras dificuldades para atender seus clientes.

Por um longo período não houve boa vontade por parte da polícia em atender os advogados, nem tão pouco oferecer aos presos o mínimo que seus direitos os garantem,

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Segundo advogados quando se pergunta a um policial se ele tinha a decisão da prisão com o flagrante de algum dos detidos, “ele responde que estava apenas recebendo ordens de cima”.

Desta forma, segundo os advogados “essas pessoas não estão detidas, mas presas. Se estão com a PF desde ontem, cadê a audiência de custódia? Não tem. Elas estão presas de forma ilegal. Uma senhora passou mal três vezes, foi atendida pelo Corpo de Bombeiros, mas não foi levada ao hospital.”

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Os vídeos com a situação e os abusos praticados contra as centenas de seres humanos lá presas circulam pela internet. Inclusive com informações de mortes.

Segundo os advogados Samuel Magalhães, Hellen Costa e André Alves, contratados para defender alguns manifestantes presos depois das depredações na Esplanada dos Ministérios, relataram que a prisão das mais de 1,5 mil pessoas no ginásio da Polícia Federal (PF), em Brasília, é ilegal. Até a tarde desta terça-feira, 10, o número de detidos (presos) havia diminuído para 700.

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As denúncia são irrefutável e as provas estão por toda a internet. Os manifestantes estão na Acadêmia da PF desde a manhã de segunda-feira 9. “Eles chegaram por volta das 8 horas da manhã, mas só receberam alimentação às 18 horas”, denunciou Magalhães.

Outra questão absurda é que “o que o ministro Alexandre de Moraes fez, basicamente, foi ‘pegar’ um estádio de futebol com torcidas organizadas envolvidas em uma confusão e mandar fechar tudo e prender a todos”, disse o advogado André Alves. “Mas será que todos realmente participaram da confusão? Em um presídio comum não se pode misturar homens e mulheres, quanto mais crianças e idosos. Mas todos estavam juntos.”

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A advogada Costa acompanhou algumas das mulheres presas no processo de corpo de delito do Instituto Médico Legal. Ela explicou que muitas muitas das mulheres estavam sangrando, sem ter acesso a nenhum absorvente. Outras ainda tiveram surtos psicóticos. “Elas não haviam nem se alimentado da forma correta”, destacou Hellen, ao afirmar que ela não estava defendendo atos de vandalismo. “Quem providenciou a alimentação foram os médicos legistas. Dois policiais vieram conversar comigo. Um deles chorou, pedindo para a OAB tomar alguma posição, pois aquelas pessoas não eram criminosas.” afirmou a advogada.

Informações com OACB e oeste

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