O mais recente golpe envolvendo o Voa Brasil, programa de passagens a R$ 200 com adesão das grandes companhias aéreas do país (Gol, Azul e Latam) e da Voepass, está roubando dados e dinheiro de vítimas.
O programa teve início ainda com Márcio França a frente do ministério de Porto e Aeroportos, que na época deu a notícia sem o consentimento de Lula e que até hoje fim de 2023, não se concretizou.
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Segundo ele, os passageiros poderão um dia comprar passagens a R$ 200 por meio de aplicativo que está sendo desenvolvido pelo governo, em parceria com as companhias aéreas.
“Vamos criar um aplicativo em que você vai digitar seu CPF, se você não voou nos últimos 12 meses, e escreve lá quero ir de Brasília à Manaus e aí [o aplicativo] vai te dar todas as opções que são sempre por um valor único de R$ 200 para ida e R$ 200, volta”, explicou.
Após a troca no comando do Ministério, o programa está passando por ajustes afirmou a pasta após as reclamações. O programa até hoje também não tem regras definidas, foi apenas uma ideia lançada na mídia que talvez vire realidade.
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O golpe como programa lançado no governo Lula que ainda não existe
Na quarta-feira (1), o Google e o Facebook foram notificados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), devido aos anúncios falsos relacionados ao programa nas plataformas.
O programa ainda não foi lançado ao público, no entanto, golpistas enviam emails e monetizam anúncios (incluindo vídeos promocionais), direcionando as vítimas à sites fraudulentos em nome do programa.
A secretaria determinou que o conteúdo deveria ser removido imediatamente sob pena de multa e instauração de processo administrativo, possuindo o período de 48 horas para que as propagandas falsas fossem retiradas das redes.
O governo se aproveitou da veiculação do golpe nas redes sociais devido a uma promessa sem data para virar realidade do governo federal, para promover a censura nas mídias através de nota. Em nenhum momento o governo federal se desculpou por ter lançado uma ideia como se fosse já fosse um programa real, para ser divulgado pela imprensa.
“Mais uma vez, golpes e fraudes aos consumidores são realizados por meio das plataformas digitais. Tornando ainda mais grave a situação, o conteúdo golpista e fraudulento não é veiculado, simplesmente, por terceiros, mas impulsionado pelas plataformas mediante publicidade paga, o que se reverte em remuneração para as provedoras de conteúdo”, disse o despacho, que foi encaminhado para as redes sociais.
Além disso, o governo Lula emitiu dois comunicados oficiais sobre o novo golpe. Já em outubro, o Ministério dos Portos e Aeroportos negou a existência de um cadastro de interessados no programa.
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“O Voa Brasil ainda está em ajuste final, motivo pelo qual ainda não existem regras definidas para participação no referido programa”, disse a nota. “Deste modo, alertamos que não estamos realizando cadastro e nem solicitando valores para inclusão no programa.”
Segundo o Folha de S. Paulo, algumas das vítimas receberam um email afirmando já ser possível a compra de passagens mais baratas pelo programa.
Já em outros casos, as vítimas clicavam no anúncio monetizado nas redes sociais, ou pela matéria fake com a identidade do veículo CNN, criada por golpistas, no qual afirmava a abertura do programa.
Ao entrar no site fake, o usuário era direcionado a um chat automático, que dizia ser necessário informar o nome completo e CPF, para que o login no site do gov.br fosse concluído.
Em sequência, o chat informava algumas taxas a serem pagas, para que a pessoa fosse inclusa ao programa. Ao responder que gostaria de prosseguir para o pagamento, a vítima era redirecionava para o site abaixo:
Por fim, a vítima recebia uma mensagem de texto via SMS, negando ou confirmando o pagamento, induzindo o usuário a refazer o procedimento e consequentemente, pagando novamente pela “adesão ao programa”.
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Em nota, a CNN Brasil afirmou que “não anunciou em nenhuma de suas plataformas —TV, site ou redes sociais— qualquer promoção de venda de passagem aérea e repudia veementemente sites e páginas de mídias sociais que se aproveitam da sua credibilidade, de seus atributos e âncoras para chamar a atenção para produtos e serviços fraudulentos”.
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