Questionar sobre falhas apontadas no processo eleitoral está proibido no Brasil? Sempre foi comum no Brasil questionar e buscar respostas satisfatórias para aquilo que não se estava claramente explicado. Um exemplo deste processo no Brasil pode ser o futebol, técnicos e comentaristas sempre tratam deste tema após os jogos e sobre a legitimidade de um gol ou lance.
Porém, no Brasil quando o assunto é política a sociedade está proibida de falar, apontar e questionar as inúmeras falhas mostradas no pleito eleitoral 2022.
Uma parcela gigantesca da sociedade está pedindo por explicações as autoridades competentes ou a qualquer um que se dispuser a oferecer uma resposta fiel e clara sobre os problemas nas inserções de propaganda eleitoral dos candidatos, a questão das urnas não auditadas não apresentarem resultados corretos, entre vários outros pontos.
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Contudo, qualquer um que mostre o problema e peça explicação, solução ou providência sobre o mesmo terá suas mídias sociais bloqueada e será taxado pela grande mídia como “golpista”, “produtor de desinformação”, ou qualquer outro adjetivo negacionista e negativo. Na verdade, estas pessoas só querem repostas para as questões que estão visíveis.
Nesta imensa lista de cidadãos implorando por respostas, estão deputados, aqueles eleitos pelo povo para representá-los e defender seus direitos. Os deputados também estão sendo calados. Questionar e buscar respostas para os brasileiros agora só é permitido se o assunto não for a eleições de 2022.
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Entretanto, o sentimento de “algo errado no ar”, está no dia a dia da maioria dos brasileiros, visto que independentemente de estarem satisfeitos com os resultados apresentados das eleições, entendem que está acontecendo um “cala boca”, nacional e isto é errado para qualquer país que se denomine democrático e de liberdade de expressão e igualdade de direitos.
O cala boca a deputados
Depois de Carla Zambelli (PL-SP), mais dois deputados do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram as contas nos Twitter suspensas. Os perfis de Major Vitor Hugo (PL) e Coronel Tadeu (PL) foram retidos no domingo 6, de acordo um aviso que aparece na plataforma, ao tentar acessar seus endereços. “A conta foi retida no Brasil em resposta a uma demanda judicial”. Apesar do aviso, nenhum detalhe adicional foi informado pelo Twitter.
No Instagram, Vitor Hugo fez uma publicação sobre o bloqueio da conta: “Faço parte dos times de censurados, escreveu.
Coronel Tadeu também se manifestou sobre a situação brasileira de perda de liberdade de expressão. “Chegamos a esse ponto. Agora você decide o que faz: resiste ou sucumbe. A Alemanha resistiu e venceu. A Venezuela não foi tão forte assim. Não desista dessa luta, pois ela só está começando”, escreveu. “Sem poder falar com quase 80 mil seguidores no Twitter, me sinto como o povo cubano, o povo venezuelano e tantos outros povos que foram calados.”
Os dois parlamentares, assim como Ferreira, questionaram o resultado das urnas nas eleições presidenciais, realizadas no domingo 30, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o pleito.
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que teve as contas de todas as suas redes sociais suspensas no início da semana, tinha declarado apoio aos manifestantes que protestam contra a vitória de Lula. Ela disse que vai denunciar nos Estados Unidos violação à liberdade de expressão.
Nikolas Ferreira PL-MG) também teve os perfis no Twitter e no Instagram suspensos depois de questionar o resultado das urnas. Ele recuperou o acesso ao Instagram.
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Outro que teve a conta suspensa no Twitter foi Marcos Cintra (União Brasil), candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil), depois de questionar o resultado das eleições. E ainda, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, quer que Cintra preste esclarecimentos.
Desta forma, as pessoas estão clamando por respostas e sendo punidas por isso. Não existe nenhum ato no sentido de lhes oferecer as respostas pelas quais estão clamando. O retorno é sempre o mesmo, puni-las por clamar por respostas e posicionamentos.
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