Real tem a maior valorização cambial entre moedas com exterior positivo. O efeito foi intensificado no Brasil pelo maior otimismo quanto ao andamento da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Em outras palavras, o real teve o melhor desempenho numa lista de cerca de 30 pares do dólar. Feito impulsionado pelo entendimento de que a reforma previdenciária será votada em plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
Como resultado o dólar negociado no mercado interbancário cedeu 0,74%, a 3,8264 reais na venda. Enquanto que na B3, a referência para o dólar futuro teve baixa de 0,58%, a 3,8345 reais na venda.
O bom humor dos investidores frente ao dólar, foi reforçado pela informação de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria dito a líderes de partidos que não adiará a votação da reforma.
A previsão para o dólar agora é que chegue a 3,70 reais provavelmente ao fim de três meses, contra 3,80 reais do cenário anterior. A previsão para seis meses foi mantida em 3,70 reais. Enquanto que o prognóstico para 12 meses foi diminuído de 3,70 reais para 3,60 reais. As previsões são do banco suíço UBS.
Contudo, o real não foi a única moeda de risco com valorização. O destaque foi para lira turca, dólar australiano e dólar neozelandês. Essas divisas costumam se beneficiar de cenário de queda de juros em economias centrais. A expectativa que ganhou força nesta sessão conforme os “yields” de títulos soberanos nos EUA e na Europa tombaram.
Com os juros mais baixos nas principais economias, o real se tem sua preferência melhorada. Isto por oferecer uma melhor relação risco x retorno aos investidores. Este fator deve aumentar a oferta de dólar no mercado brasileiro, diminuindo assim o preço da moeda americana no mercado.