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Recurso contra fusão de SulAmérica e Rede D’Or é acatado. Nesta terça-feira (29), a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu comunicado aceitando os apelos de instituições privadas de saúde para revisitar a aprovação sem remédios da aquisição da Sul América (SULA11) pela Rede D’Or (RDOR3), que foram enviados há 5 dias para a autarquia.

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A Superintendência Geral do Cade havia aprovado no dia 7 de novembro, sem restrições, a transferência do controle acionário de sociedades controladas pela Sul América para a Rede D’Or. As objeções à operação poderiam ser apresentadas em até 15 dias por terceiros ou pelo tribunal administrativo do Cade, antes que a decisão fosse considerada definitiva.

O JPMorgan apontou em breve nota que continua com a visão de que é improvável que o Cade mude sua decisão, pois 1) ele foi bastante veemente nas declarações sobre aprovação, ao mesmo tempo em que afirmou que o novo grupo verticalmente integrado poderia trazer benefícios aos beneficiários do setor privado de saúde, e 2) não há concentração de mercado de até 30% em nenhuma região ou vertical da indústria em que a nova empresa irá operar.

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“Ainda assim, a discussão em andamento deve trazer ruídos ao case e a incorporação da Sul América deve ser adiada para segundo ou terceiro trimestre, ante previsão anterior de primeiro trimestre, pois o prazo do Cade para reanalisar o negócio é 23 de maio”, avaliam os analistas.

Agora, a Rede D’Or tem dez dias para atender os novos pedidos do órgão antitruste e há aprovações pendentes da ANS (regulador de saúde privado) e do Banco Central, que não devem trazer questões problemáticas sobre a operação. O JPMorgan reforçou a recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ativos RDOR3, sendo a sua top pick no setor de saúde.

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O Itaú BBA também apontou que a notícia não muda sua visão sobre a aprovação do negócio. “Os apelos de concorrentes eram esperados e a interposição de recursos poderia ser encarada como uma formalidade. Contudo, isso ainda pode gerar algum ruído no mercado porque os investidores podem ver a notícia como uma indicação de um tempo mais longo para o acordo ser totalmente aprovado ou que possíveis remédios poderiam ser aplicados. Ainda estamos confiantes de que o negócio será aprovado”, aponta o BBI.

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