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O texto do WSJ, assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, comenta sobre a decisão de Moraes em bloquear o X, medida que, segundo a jornalista, teria sido tomada para “silenciar aqueles que contestam a versão oficial da verdade do Estado”. A coluna de opinião do The Wall Street Journal publicada neste domingo (9) coloca o STF e o ministro Alexandre de Moraes como responsáveis pela deterioração da liberdade de expressão no Brasil

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O’Grady, é a responsável pela coluna “The Americas” do WSJ, espaço semanal sobre política, economia e negócios na América Latina e no Canadá. Ela também integra o conselho editorial do jornal, sendo responsável pelos editoriais do WSJ. A jornalista ressalta que a repressão à liberdade de expressão e a negação do devido processo legal no Brasil remonta a 2020, e que agora está piorando.

O texto do WSJ ressalta que o grande problema – que parece ainda não ter sido identificado por parte dos brasileiros – é que o STF, “liderado por Moraes e outros que compartilham sua sede de poder”, estaria há mais de 4 anos envolvido na política nacional “até o pescoço”.

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Ela relembra a atuação da Suprema Corte brasileira na anulação dos processos por corrupção contra diversos políticos, que culminaram na libertação de Lula da cadeia e sua posterior candidatura à Presidência da República. “Defensores dos condenados trabalharam para deslegitimar a investigação federal – Operação Lava Jato – no debate público”, ressalta a colunista do WSJ.

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Para O’Grady, as críticas geradas pela atuação no STF para anular os processos da Lava Jato fizeram com que Moraes e os demais ministros “considerando-se acima do povo e de qualquer reprovação”, ficassem ofendidos com os desabafos públicos contra eles. Ela cita como exemplo os casos de censura durante a campanha eleitoral de 2021 cometidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na época sob comando de Moraes.

Com a vitória de Lula por uma margem pequena e a impossibilidade de recontagem física de votos – “uma auditoria era impossível porque a Suprema Corte derrubou uma lei que proporcionaria um registro em papel para verificar os resultados eletrônicos”, escreve a colunista do WSJ – os “cidadãos frustrados” com o resultado foram à Brasília em protesto, “onde o caos eclodiu em 8 de janeiro de 2022”, diz O’Grady.

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“Moraes usou esse evento para justificar excessos processuais, que incluem a manutenção de arquivos investigativos secretos sobre críticos declarados do Estado”, escreve a colunista. Para ela, a insistência na manutenção dos inquéritos secretos está “minando a confiança dos brasileiros nas instituições” e que a repressão cada vez mais intensa à liberdade de expressão no país não ajuda em nada. “Ao contrário, espera-se que leve a democracia brasileira ainda mais para o fundo do poço”, finaliza o texto.


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