Taxa de juros americana sobe e negociação do Tesouro Direto é paralisado

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Taxa de juros americana sobe e negociação do Tesouro Direto é paralisado. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell afirmou, em coletiva, que o cenário atual é de inflação exageradamente alta e de mercado de trabalho muito apertado.

Entretanto, ele reforçou o compromisso de trazer a inflação para 2% e com o mercado de trabalho ainda forte. Contudo, existem riscos entre estes: disrupções na cadeia global de produção durando mais do que o esperado – com destaque para os impactos dos fechamentos da China. O avanço das commodities também pode atrapalhar este cenário.

Contudo, no Brasil as negociações dos títulos públicos foram suspensas por volta das 16h30 desta quarta-feira (15), diante da forte volatilidade nos preços e taxas. Com isso, investidores conseguem apenas negociar papéis como o Tesouro Selic.

No entanto, o Tesouro suspende temporariamente as vendas e compras para evitar que o investidor feche temporariamente as transações a um preço que possa ficar rapidamente defasado.

Maior inflação dos últimos tempos derruba Bolsa Americana

Porém, antes da suspensão, as taxas dos títulos negociavam com forte queda. Nos prefixados a queda nas taxas era de até 19 pontos-base, enquanto nos títulos atrelados à inflação as taxas recuavam até 8 pontos-base.

Em contrapartida, na avaliação de agentes financeiros, a autoridade monetária americana tem se mostrado atrás da curva e será preciso um ajuste maior para domar a inflação americana, o que pode trazer consequências sérias para a economia dos Estados Unidos.

A maioria acredita que o problema é muito grande para que seja resolvido sem causar uma grande recessão. “Muito provavelmente, vamos ver uma recessão [nos Estados Unidos].

Siderúrgicas em queda forte com possibilidade de lockdown

Por esta razão, especialistas acreditam que a inflação americana está perto de 4% e que a meta é de 2%. Para domar a inflação será preciso fazer uma virada no desemprego, para que fique 8% acima do patamar atual. “O desemprego está em 3,6%, logo teria que ir para 11,6%. O que parece ser improvável.

Isto porque, será necessário fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) retraia em cerca de 16% ao longo de um período que pode ser de três a quatro anos. “Não tem como fazer com que o PIB retraia tanto sem causar uma recessão”, acreditam.

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