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Tok&Stok vê dívida milionária disparar e reporta prejuízos com problemas operacionais. A Tok&Stok demonstrou à Justiça os efeitos da pandemia e do aperto monetário em sua estrutura de capital. Segundo processo que tramita no judiciário de São Paulo, a varejista aponta que seu endividamento subiu de R$ 8 milhões para R$ 361 milhões até 2021 – atualmente, especula-se que a empresa tenha cerca de R$ 600 milhões em dívidas.

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Outro problema apontado pela Tok&Stok foi na migração de seu centro de distribuição e do sistema de controle de estoques entre 2020 e 2021, que teria causado um prejuízo de R$ 100 milhões ao faturamento.

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“Duas graves ondas da Covid-19, em 2020 e 2021, que acarretaram o crescimento das vendas online, mas comprometendo entre 80 e 90% do faturamento da companhia, em virtude do fechamento total das lojas no período”, alegou a varejista, em processo noticiado inicialmente pelo jornal Valor Econômico.

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Os dados fazem parte da defesa da Tok&Stok contra sua fornecedora Domus, que atua nos serviços de e-commerce da varejista. A empresa de tecnologia pede falência da Tok&Stok por uma dívida de R$ 3,8 milhões, que, atualizada pela correção monetária, estaria perto de R$ 4,5 milhões.

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No entanto, a Tok&Stok alega que o contrato entre as partes prevê que situações em que há discordância entre os valores cobrados, como seria neste caso, devem ocorrer por meio de arbitragem e que estaria sendo pressionada a quitar o valor antes disso.

“Não por acaso, em função da tramitação da presente demanda, e a consequente redução de seu limite de crédito no mercado, a Tok&Stok tem enfrentado grande dificuldade com a obtenção de garantias para os seus compromissos financeiros, comprometendo significativamente o seu caixa”, prosseguiu a varejista.

A Domus afirmou estar surpresa com a postura apresentada pela defesa da Tok&Stok.

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“A Domus tem a convicção de que o Poder Judiciário determinará que a Tok&Stok cumpra os contratos que assumiu e lamenta a postura oportunista da varejista, que traz insegurança a todos os seus credores e parceiros”, disse a empresa.

A situação detalhada confirma o momento complexo que a Tok&Stok vem vivendo nos últimos anos. Controlada pelo fundo de private equity Carlyle, a empresa tentou uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês), mas não obteve êxito.

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Com alto endividamento, a varejista fechou lojas, demitiu diretores e trouxe um de seus fundadores de volta ao negócio. Segundo noticiado, existe a expectativa de que o Carlyle faça um aporte de R$ 100 milhões para diminuir a alavancagem da Tok&Stok.