Única coisa que não é tida como gasto é o pagamento de juros da dívida’, declara Lula em crítica ao mercado financeiro

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Única coisa que não é tida como gasto é o pagamento de juros da dívida’, declara Lula em crítica ao mercado financeiro. Em nova crítica à independência do Banco Central e cobranças do setor econômico, presidente voltou a defender investimentos sociais como caminho para construção do país e reparação de dívidas históricas que ele fez nos mandatos anteriores.
Objeto de preocupação para o mercado financeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou novamente de forma crítica ao setor, saindo em defensa de movimentos sociais.

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Durante encontro com reitores de universidades públicas, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 19, Lula ponderou que profissionais do mercado financeiro costumam considerar conversar sobre investimento público como gastos, acrescentando que somente o pagamento de juros de dívida é visto de forma positiva.

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“Talvez alguns companheiros meus ligados à economia não gostem, mas eu digo todo dia. Não pode falar em educação que as pessoas falam que é gasto. Não pode falar em saúde que as pessoas falam que é gasto.

Não pode falar em urbanização de favelas que é gasto, não pode falar em construir moradia que é gasto. A única coisa que não é tida como gasto por essa gente do mercado é o pagamento de juros da dívida. Acham que isso é investimento”, afirmou o presidente.

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Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem defendido interesse sociais e alegando que “não adiantar ficar pensando só em responsabilidade fiscal”. Ele chegou a afirmar que quando se fala em “responsabilidade social” o mercado reage negativamente: “Se eu falar isso, vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar? Paciência.

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O dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas por conta do especuladores que vivem especulando todo santo dia”. No evento, Lula defendeu que o governo invista mais em educação para reparar dívida social histórica e chegou a criticar mais uma vez a independência do Banco Central. “Qual é a explicação de a gente ter um juro de 13,5% hoje? O Banco Central é independente, a gente podia não ter nem juro. A inflação está 6,5%, 7%, por que o juro está 13,5%? Qual é a lógica? Qual é a lógica da desconfiança que o mercado tem de tudo que a gente fala de investimento? Eu não vejo essa gente falar uma vez de dívida social”, criticou.

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