Venezuela usa petróleo para tentar entrada no Brics. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ratificou, nesta quinta-feira (24), a intenção de entrar no grupo de economias emergentes Brics. Ele afirmou que a admissão dos membros da OPEP que fizeram seu pedido formal de adesão “garantirá o manuseio de 83% das reservas provadas de petróleo do mundo”.
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Dos 23 candidatos no eventual processo de ampliação dos Brics, sete deles pertencem à OPEP, que abastece uma porcentagem fundamental do mercado mundial, e entre nós agrupamos 77% das reservas de petróleo do mundo – disse o presidente venezuelano, durante discurso remoto direto de Caracas, na 15ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo do Brics, em Joanesburgo, na África do Sul.
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No vídeo, transmitido durante a reunião nesta quinta, o mandatário destacou que sete candidatos pertencem ao Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF, na sigla em inglês), que “gerencia 72% das reservas de gás do mundo e abastece 44% do mercado mundial”.
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– A Venezuela acrescenta aos pedidos dos países com aspirações de ingressar no Brics, como expressamos formalmente em carta em 2015, e ratificamos recentemente, contribuindo para este modelo de integração global as maiores reservas de petróleo certificadas do mundo em nosso país, entre outras riquezas – disse.
Além disso, a Venezuela ofereceu ao Brics sua “experiência acumulada” na “luta e resistência à imposição ilegal de sanções”, bem como “a responsabilidade de promover o relacionamento político e econômico da arquitetura do Brics” com os principais mecanismos de cooperação de Cooperação de América Latina e Caribe.
– Da Venezuela, unimos vontades para a configuração de uma nova arquitetura financeira que permite nossas transações com novos meios físicos e digitais e com uma ampla cesta de moedas nacionais, bem como acesso a novas formas de financiamento que contribuem para a recuperação e o crescimento de nossas economias – acrescentou.
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O grupo de economias emergentes concordou com a entrada da Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã, segundo anunciou nesta quinta o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Cerca de 40 países haviam manifestado o desejo de ingressar no bloco, de acordo com o governo sul-africano, que exerce este ano a presidência rotativa do bloco e havia recebido “expressões formais de interesse” de 23 países, incluindo Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras e Honduras e Venezuela.