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WeWork faz pedido de recuperação judicial

A WeWork fez um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na segunda-feira, depois que as apostas de que empresas usariam mais de seus escritórios compartilhados azedaram. A empresa já foi a startup mais valiosa dos EUA e é uma investida do grupo japonês SoftBank.

O pedido representa a percepção de que a empresa não poderá sobreviver a menos que renegocie seus aluguéis caros durante um período de proteção contra credores.

Um porta-voz da WeWork disse que cerca de 92% dos credores da empresa concordaram em converter suas dívidas garantidas em ações da empresa sob um acordo de apoio à reestruturação, eliminando cerca de US$ 3 bilhões em dívidas.

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A empresa, que também pretende entrar com um processo no Canadá, disse que espera ter liquidez financeira para continuar seus negócios normalmente e que suas unidades fora dos EUA e do Canadá, bem como seus franqueados em todo o mundo, não foram afetados por esses processos.

A WeWork tinha espaço corporativo disponível em 777 locais em todo o mundo até o final de junho.

As ações da WeWork acumulam desvalorização de cerca de 98,5% até agora neste ano.

A WeWork enfrenta dificuldades que envolvem caros aluguéis e clientes corporativos cancelando contratos devido à tendência de trabalho em casa. O pagamento de aluguéis consumiu 74% da receita da WeWork no segundo trimestre deste ano, a última vez que a empresa divulgou resultados financeiros.

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No processo no tribunal de falências de Nova Jersey, a WeWork listou ativos de US$ 15,06 bilhões e passivos de 18,66 bilhões até 30 de junho.

Sob o comando de seu fundador Adam Neumann, a WeWork cresceu e se tornou a startup mais valiosa dos EUA, com um valor de US$ 47 bilhões. A companhia atraiu investimentos de investidores de primeira linha, a empresa de capital de risco Benchmark, bem como o apoio dos principais bancos de Wall Street, incluindo o JPMorgan Chase.

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A busca de Neumann por um crescimento vertiginoso às custas dos lucros e as revelações sobre seu comportamento excêntrico levaram à sua destituição e ao descarrilamento de uma oferta pública inicial em 2019.

A SoftBank foi forçada a dobrar seu investimento bilionário na WeWork e contratou o veterano do setor imobiliário Sandeep Mathrani como seu presidente-executivo. Em 2021, a SoftBank fechou um acordo para tornar a WeWork pública por meio de uma fusão com uma empresa de aquisição, com uma avaliação de US$ 8 bilhões.

A WeWork conseguiu alterar 590 contratos de locação, economizando cerca de US$ 12,7 bilhões em pagamentos fixos de locação. Mas isso não foi suficiente para compensar as consequências da pandemia, que manteve os funcionários de escritórios em casa.

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Embora a WeWork tenha tido algum sucesso em contratar grandes conglomerados como clientes, muitos de seus clientes eram startups e empresas menores, que reduziram seus gastos com o aumento da inflação e a deterioração das perspectivas econômicas.

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Além dos problemas da WeWork, havia a concorrência no próprio mercado imobiliário. As empresas de lajes corporativas, que tradicionalmente só acertam contratos de aluguel de longo prazo, começaram a oferecer contratos mais curtos e flexíveis para lidarem com a desaceleração do mercado.

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