Cofundadora do Nubank perde status de bilionária. Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank que se tornou bilionária após o IPO do banco em Wall Street, não faz mais parte do clube dos três dígitos, segundo levantamento da Forbes.
E assim, Junqueira, de 39 anos, se tornou a segunda mulher self-made (pelos próprios esforços) mais rica do Brasil (atrás apenas de Luiza Trajano) depois que as ações do banco digital brasileiro subiram 15% no primeiro dia de negociação, alçando o Nubank a uma avaliação de mercado de US$ 45 bilhões. Com uma participação de 2,9%, sua fortuna chegou a US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões).
Desta forma, Cristina Junqueira fez parte do seleto grupo de bilionárias brasileiras self-made, ou seja, que fizeram fortuna própria e não herderam seus patrimônios (a Forbes considera os valores em dólares).
Após o IPO do Nubank o nome de Junqueira começou a pipocar na mídia e ela respondeu alguns comentários em seu instagram no dia 12 do último mês. Uma das dezenas de perguntas, citou o fato de sites terem dado ênfase em sua fortuna. Cristina foi direta, garantiu que ela não tem todo o dinheiro que se fala por aí em sua conta: “Francamente eu não dou muita bola não, isso aí é tudo… conta que alguém faz com base no valor da ação. As minhas ações estão todas lá, não vou vender então quer dizer: esse dinheiro não tá no banco pra eu usar”.
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E ainda acrescentou, que a repercussão não muda em nada a vida dela: “Isso não vai mudar em nada a minha vida. Eu tenho muito orgulho de dizer pra vocês que desde que a gente começou o Nubank, eu o David e o Ed, a gente nunca teve uma conversa, em quase 9 anos: “Nossa, a gente vai ganhar muito dinheiro”. “Claro que a gente sabia que se desse certo, óbvio, a gente ia ter uma condição muito bacana. Não era sobre isso, era sobre fazer as coisas que a gente tá fazendo, sobre ter o impacto que a gente tá tendo. Sobre provar pra todo mundo que dava pra fazer”.
A gente tá comemorando é isso: é poder mostrar que dá sim, que vale a pena não se conformar, que dá pra fazer diferente e o impacto que a gente tem tido na vida de muita gente. É isso que a gente tá comemorando”.
Cristina Junqueira
O dowgrade da fortuna de Junqueira deve-se ao fato de que desde a estreia na Nasdaq, os papéis do Banco se desvalorizaram mais de 40%, o que fez o patrimônio da executiva diminuir para cerca de US$ 900 milhões (R$ 4,87 bilhões). Só em janeiro, as ações do Nubank recuaram 29%, ante queda de 9% do índice S&P no mesmo período.
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Atualmente, integram a lista a empresária Luiza Trajano, com fortuna estimada em US$ 1,7 bilhão, e Dulce Pugliese de Godoy Bueno, que fundou a Amil junto com ex-marido, Edson Bueno – seu patrimônio é avaliado em US$ 1,3 bilhão.
Entretanto, vale ressaltar que Junqueira já chegou ao posto de self-made bilionária ainda podemos dizer no início de sua carreira.
No entanto, apesar da queda das ações, o CEO do Nubank, David Vélez, segue bilionário. A sua participação no banco digital é de 23%, equivalente a US$ 7 bilhões hoje, abaixo dos US$ 10,2 bilhões do mês passado. Edward Wible não tem uma participação significativa; ele deixou seu cargo como CTO em abril, mas permanece na empresa como um engenheiro de software.
Em conclusão após sua capitalização de mercado de US$ 33 bilhões, o Nubank ainda é o maior banco digital do mundo. Ele é seguido pelo Chime, de São Francisco, que recebeu uma avaliação de US$ 25 bilhões em agosto, e deve ir a público com uma avaliação entre US$ 35 e US$ 45 bilhões.