Criptoativos e entretenimento para tornar a franquia Golden State Warriors a mais valiosa do mundo. A pandemia distanciou o time de São Francisco dos títulos, mas não parou a máquina de fazer dinheiro em que o Warriors se transformou na última década.
Entretanto, de acordo com o mais recente ranking elaborado pela Forbes, o pódio das mais valiosas franquias esportivas do mundo em 2021 tinham sede nos Estados Unidos. E nenhuma delas pertence ao mundo do futebol. Desta forma, as Top 3 das franquias esportivas mais valiosas do mundo são:
1º lugar: Dallas Cowboys (NFL, liga de futebol americano): US$ 5,7 bilhões;
2º lugar: New York Yankees (MLB, liga de beisebol dos EUA): US$ 5 bilhões;
3º lugar: New York Knicks (NBA): US$ 5,25 bilhões.
Contudo, a franquia GSW aparece na sexta posição. O valor de mercado do Golden State Warriors passou de US$ 3,5 bilhões antes da pandemia para US$ 4,7 bilhões no ano passado. E, segundo pessoas familiarizadas com as finanças do time, deve adicionar US$ 700 milhões em receitas em 2022, informa a CNBC.
Por esta razão, se as fontes da CNBC estiverem certas, é possível que o Golden State Warriors ultrapasse o New York Knicks já em 2022.Os Warriors têm a maior folha de pagamento da NBA, estimada em mais de US$ 180 milhões na temporada 2021-22. O time mantém em seu elenco o armador Stephen Curry, um dos jogadores mais valiosos da NBA.
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No entanto, em termos práticos, porém, os Warriors já estão superando a concorrência: em 2021, o time de São Francisco liderou a NBA em receita relacionada ao basquete, com US$ 474 milhões, segundo a Forbes. Enquanto isso, a receita dos Knicks caiu para US$ 421 milhões, de US$ 472 milhões em 2020, provavelmente resultado de perdas relacionadas à pandemia.Adicionemos a receita de outros eventos no Chase Center – o ginásio onde o Warriors manda seus jogos – e os ganhos com novos projetos e os valores levantados pelo time crescem ainda mais.
Desta forma, buscando ser a franquia de esporte mais valiosa do mundo. O projeto prevê novas receitas com a recém-lançada divisão Golden State Entertainment (GSE). O empreendimento conta com a implementação de uma espécie de bolsa interna para negociação de ingressos de camarote, uma parceria com uma empresa de criptomoedas e estímulos ao setor de blockchain para lucrar com NFTs, os tokens não fungíveis.
Vale lembrar que, tudo isso apenas dois anos depois de o Golden State Warriors ter-se mudado para o Chase Center, um complexo esportivo estimado em US$ 1,4 bilhão na cidade de São Francisco. O espaço físico garante ao time receita com os imóveis ao redor e uma renda de aluguel proveniente da Uber, com a qual mantém relações comerciais
Maquina de dinheiro do Golden State Warriors
A expectativa é de que a Golden State Entertainment gere conteúdo próprio em parceria com a Mandalay Entertainment. A GSE produzirá documentários, lançará um novo single com a estrela de K-pop Bambam e explorará festivais de música. Além disso, a GSE alinha os Warriors com o licenciamento de produtos de mídia para gigantes do streaming como a Apple, que este ano recebeu conteúdo esportivo em sua plataforma, e a Netflix, que anda precisando rebolar para reverter a queda no número de assinantes.
E assim, explicando a ideia, o presidente e diretor de operações do Golden State Warriors, Brandon Schneider, diz que os projetos são fundamentais para tornar o time uma força para além das quadras de basquete.“A Disney começou como um parque temático”, disse Schneider à CNBC. “Os Warriors começaram como um time de basquete. Veja o que a Disney se tornou e o que os Warriors estão se tornando.”
Isto porque, Schneider conversou com a CNBC em 14 de abril, a um dia de completar seu primeiro aniversário como presidente dos Warriors. Ele sucedeu Rick Welts, que se aposentou no ano passado depois de pouco mais de uma década à frente do time.
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Segundo o atual executivo, o objetivo do Golden State Warriors é se transformar em “líder global em experiências e entretenimento”. E acrescentou que a franquia “alavancaria a força da marca” e inovaria em tecnologia, “porque estamos na Área da Baía de São Francisco, o epicentro tecnológico do mundo”.
A eventual transformação do Golden State Warriors na mais valiosa franquia esportiva do mundo seria uma consequência, e não um fim em si. Por mais que busque receitas alternativas, o foco continua no basquete.
Em contrapartida, nos 11 anos de Welts à frente da franquia, os Warriors superaram o Los Angeles Lakers como segundo time mais valioso da NBA. Welts atribui pelo menos parte desse sucesso ao astro Stephen Curry. “Quando seu melhor jogador não é apenas o atleta e o talento que é, mas também a pessoa que ele é, você tem uma grande vantagem na tentativa de criar algo especial”, disse Welts à CNBC em 2019. Contudo, Schneider assegura que o foco é preservar e aprimorar a principal atração do Golden State Warriors: o time de basquete.
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E por fim, em fevereiro, os Warriors lançaram a SuiteXchange, uma plataforma de troca de ingressos para camarotes de luxo dentro do Chase Center. Ela aproveita a tecnologia blockchain e permite a captura de dados e ganhos com as taxas de transação. Ao mesmo tempo, o Golden State Warriors negocia com outros times da NBA a possibilidade de conceder acesso a esse rede. Segundo Schneider, isso poderia transformar a SuiteXchange numa especie de “Ticketmaster dos camarotes”.
No campo das NFTs, o Golden State Warriors já faturou mais de US$ 2 milhões com a venda de tokens. Já a parceria com a plataforma de criptomoedas FTX rendeu um acordo de patrocínio de US$ 10 milhões. Schneider acredita que, desde que os Warriors sejam criativos e invistam “nas experiências certas, o dinheiro vem”.