Gilberto Gil Perde Processo e Terá que devolver 1 Milhão aos Cofres Públicos. A produtora de Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas, teve seu recurso negado no processo administrativo que respondia no Ministério da Cultura.
Em 2017, a pasta reprovou a prestação de contas do show, CD e DVD “Gil + 10”, realizado em 2010. Tudo com o incentivo da Lei Rouanet. O motivo da desaprovação, porém, não foi financeiro.
O que o Ministério observou, no entanto, é que a apresentação ocorreu em data anterior ao prazo delimitado para a sua execução. Também não houve registro dos ingressos gratuitos distribuídos. Fato que era contrapartida necessária. Faltou, ainda, a comprovação de que os preços previamente especificados para a venda dos CDs e DVDs foram respeitados.
Com a extinção do Ministério da Cultura, o processo está no escopo da Secretaria Especial da Cultura. Na pasta da Cidadania, que demanda R$ 1 milhão da produtora de Gil. Não cabe mais recurso, o cantor terá que devolver os valores. A Gege vai esperar a definição das novas diretrizes da área para retomar o contato sobre o assunto com os responsáveis.
Em agosto de 2018, o cantor Gilberto Gil, em depoimento ao juiz Sergio Moro, negou ter conhecimento em práticas de corrupção enquanto ministro da Cultura (2003-2008) no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi arrolado como testemunha de defesa no caso do sítio de Atibaia.
Em menos de dez minutos, Gil foi questionado sobre esquemas de corrupção envolvendo o petista, aos quais ele negou. Ao fim, foi indagado a respeito dos ex-ministros Antônio Palocci e José Dirceu, além do marqueteiro João Santana, embora nenhum dos três seja investigado pela ação penal a respeito do sítio de Atibaia. Gil apenas respondeu ter “ouvido notícias” a respeito.
O processo, oriundo da operação Lava Jato, acusa Lula ter recebido vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio reformas de empreiteiras em um sítio em Atibaia, atribuído à família do ex-presidente.