Deputado Federal usa suas redes sociais para incentivar ataques a eleitores contrários. O deputado federal André Janones (Avante-MG), já é bastante conhecido no país por divulgar notícias falsas e também incitar violência entre seus apoiadores.
O deputado tem continuamente incitado pessoas umas contra outras em suas mídias sociais. O deputado federal intitula em suas mídias sociais aqueles que não votam no PT de “raça maldita”, “bolsonarista” entre outros termos.
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Em um twitte divulgado em 28 de novembro de 2022 ele faz a seguinte afirmação: “Pode investigar que, se bobear, o pai bolsonarista do assassino que entrou atirando nas escolas está por trás do crime! Muito suspeito a maneira como o moleque teve acesso às armas, ao colete e ao carro dos pais. Lembrando que o vagabundo é policial e adorador de Hittler! 👍”.
Sobre Gilberto Gil
Já no dia 27 de novembro a sugestão para a violência é a seguinte: “Nem dormi direito depois da cena do bolsonarista atacando o Gilberto Gil. A justiça sozinha não vai dar conta. Se a gente não enfrentar essa raça maldita nas ruas, nos impondo, eles não vão parar. As gerações passadas fizeram a parte deles contra esses vermes, agora é nossa vez!” E assim, o deputado torna público os dados pessoais e profissionais de um dos homens que teria filmado Gilberto Gil e o chamado de “ladrão”, devido a processos em seu nome.
Entre os dados que o deputado federal tornou público está a casa do suposto homem, em uma sugestão que as pessoas ataquem o mesmo, sua casa e sua empresa, sendo isto um ataque a propriedade privada.
O deputado Janones se referia um vídeo postado nas redes sociais sobre Gilberto Gil, no qual um homem que está atrás de Gilberto Gil, no Catar durante o jogo da seleção brasileira contra a Sérvia, o chama de “ladrão” e “filho da pxxx”.
Gilberto Gil é artista e ex-ministro da cultura durante os dois mandatos de Lula de 2003 a 2008. Gilberto Gil em 2019 perdeu um processo o qual deveria devolver 1 milhão aos cofres públicos.
Já em agosto de 2018, o cantor Gilberto Gil, em depoimento ao juiz Sergio Moro, negou ter conhecimento em práticas de corrupção enquanto ministro da Cultura (2003-2008) no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi arrolado como testemunha de defesa no caso do sítio de Atibaia.
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Em menos de dez minutos, Gil foi questionado sobre esquemas de corrupção envolvendo o petista, aos quais ele negou. Ao fim, foi indagado a respeito dos ex-ministros Antônio Palocci e José Dirceu, além do marqueteiro João Santana, embora nenhum dos três seja investigado pela ação penal a respeito do sítio de Atibaia. Gil apenas respondeu ter “ouvido notícias” a respeito.
O processo, oriundo da operação Lava Jato, acusa Lula ter recebido vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio reformas de empreiteiras em um sítio em Atibaia, atribuído à família do ex-presidente.
Janone e a dissiminação de fake news
Janones já recebeu inúmeras advertências devido a veiculação de fake news e de ódio nas redes. O deputado, que responde no Conselho de Ética da Casa, por divulgação de fake News, alega que o veículo é um “dos sites disfarçados de jornal, que mamam no nosso dinheiro”.
Janones, na terça-feira (22/11), postou na plataforma “Twitter”, que a equipe de transição teve acesso a documentos mostrando que o atual mandatário, Jair Bolsonaro, aumentou o orçamento da Secretária de Comunicação (SECOM) para pagar sites, blogs e emissoras que coadunam com o espectro político do presidente.
“URGENTE AGORA! Uma BOMBA o que acabamos de descobrir aqui na transição: Bolsonaro aumentou o orçamento da SECOM de 180 para 526 milhões de reais! Mais de MEIO BILHÃO por ano do dinheiro dos SEUS IMPOSTOS foram para blogs, sites e emissoras mentirem e atacarem a democracia!”. Essa foi uma das fake news perpetradas pelo integrante da equipe de transição do governo eleito. Janones foi o braço direito de Lula na campanha eleitoral.
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Isto porque, não existe prova alguma de suas afirmações, e a mídia digital já informou que “tal fato será esclarecido via judicialmente, já que o jurídico do veículo impetrou uma ação contra o referido parlamentar que insiste em manter suas práticas delituosas”.
O deputado coleciona processos contra ele pela mesma prática: Divulgação de informações falsas contra adversários e desafetos políticos.
Assim ele já fez o mesmo tipo de acusação sem provas contra o Instituto de pesquisa, Paraná Pesquisas que foi vítima do congressista que acusou a empresa que teria recebido R$13 milhões da Secom. O advogado do Instituto afirma que a indenização por dano moral a ser paga se aproximará do número que ele fantasiou.
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De acordo com a Revista Veja, em 17 de out de 2022, durante a campanha presidencial, o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, deu um prazo de três dias para que Janones se manifestasse sobre a acusação da coligação de Jair Bolsonaro que disse que o parlamentar se utilizava de suas redes, “ostensivamente, como verdadeira fábrica de fake news, para divulgar e incentivar o compartilhamento em massa de publicações de conteúdo sabidamente falso, além de promover maliciosas ações coordenadas com o objetivo desvelado de esvaziar a eficácia das decisões proferidas pela Justiça”.
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No despacho, o magistrado disse que há indícios de forte atuação beligerante de Janones nas redes. “Pelo que se apresenta já nessa fase inicial e ante fatos notórios, constata-se que há deliberado propósito de Janones, que sabidamente tem atuado na campanha de Lula, de se valer de um tipo de comunicação de elevada beligerância. Declarações no mínimo polêmicas, com provocativa remissão a fake news que se alastraram em 2018, transitam no limiar entre confrontar práticas ilícitas e discurso de ódio atribuídos aos adversários e passar, o próprio terceiro investigado, a se valer desses meios espúrios para a atrair a atenção do eleitorado”.
Já em 18 de out. de 2022, o Partido Progressista (PP), protocolou uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Janones alegando que o parlamentar “tem realizado publicações disseminando notícias falsas –as chamadas fake news – sobre o presidente Jair Bolsonaro em redes sociais, principalmente no Twitter e Facebook”.
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A legenda apresentou diversas publicações de Janones que, segundo a representação, são inverídicas. Entre elas, que Bolsonaro nomearia Fernando Collor (PTB) para o Ministério da Economia ou que teria “praticado atos de pedofilia” no caso das meninas venezuelanas.
O PP argumentou que, em uma publicação no Twitter, o deputado “afirma estar divulgando fake news com o intuito de atacar Jair Bolsonaro e qualquer pessoa que seja a seu favor”.
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“É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] pela divulgação de fake news e, em uma das postagens de Janones no Twitter, ele afirma estar combatendo o bolsonarismo de igual para igual”, declarou o PP.
O post em questão foi feito em 4 de outubro. “‘Pra combater o Bolsonarismo de igual pra igual, Janones Federal’. Esse foi um dos meus slogans durante a campanha. Só tô cumprindo minha palavra. Boa noite!”.
Filha de Gilberto Gil pisa na bandeira do Brasil em show
A filha do cantor João Gilberto, Bebel Gilberto, pisou em uma bandeira do Brasil durante um show que fazia na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, na última semana. O vídeo foi publicado no sábado 23 de julho de 2022, pelo ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, que criticou a artista nas redes sociais.
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“Essa gente não sente nada pelo Brasil. Gostam apenas de se beneficiar do que o povo pode lhes proporcionar. Alguém que não tem amor pela própria Pátria e rechaça o maior símbolo de patriotismo de uma nação, não é digno de se dizer brasileira”, escreveu Mario em publicação no Instagram.
Filha de Gilberto Gil é nomeada para o governo de transição de Lula
Filha do compositor Gilberto Gil e apresentadora de programa de culinária, Bela Gil foi nomeada como integrante do núcleo técnico de Desenvolvimento Social e Combate à Fome da equipe de transição de governo.
A publicação da nomeação da cozinheira foi feita em edição extra do Diário Oficial e assinada pelo coordenador da transição, Geraldo Alckmin.
A equipe de Desenvolvimento Social da transição também conta com a ex-candidata à Presidência Simone Tebet. Outros inetegrantes do grupo são as ex-ministras Márcia Lopes e Tereza Campello, o deputado estadual André Quintão, Reinaldo Tarakab, secretário-executivo do MDB e Renato Jamil Maluf, coordenador do Centro de Referência em Soberania Alimentar e Nutricional da UFRJ.
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A apresentadora Bela Gil é casada com João Paulo Demasi. O casal já declarou à imprensa que vive um “relacionamento aberto”. Em 2020, Demasi foi candidato pelo PSOL ao cargo de vereador na cidade de S. Paulo e declarou-se como negro, embora não o seja. A autodeclaração suscitou certa polêmica nas redes sociais, mas foi abafada pela grande mídia.
Bela Gil chegou a ser cotada para ser vice na chapa de Fernando Haddad que concorreu ao cargo de governador de S. Paulo, mas acabou de fora, dando lugar à esposa do ex-governador Márcio França quando ele abriu mão de concorrer ao mesmo cargo. Haddad foi derrotado por Tarcísio de Freitas.