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Amazon aposta em aviões de carga elétricos

Amazon aposta em aviões de carga elétricos. A startup Beta, do ex-jogador profissional de hóquei Kyle Clark, formado por Harvard, está prestes a levar aos céus dos Estados Unidos aviões de carga movidos a bateria que decolam e pousam como helicópteros.

Clark nunca chegou à Liga Nacional de Hóquei, mas, 20 anos depois, sua startup Beta Technologies é avaliada em US$ 1 bilhão e está prestes a entrar na liga principal com o Alia, uma aeronave elétrica potencialmente revolucionária. Desta forma, o Alia com envergadura de 15 metros angulada foi inspirada no trinta-réis-ártico, ave que voa por longas distâncias. Ela faz parte de uma série de novas aeronaves elétricas que algumas empresas de aviação em ascensão estão desenvolvendo e que decolam e pousam verticalmente, como um helicóptero.

E assim, praticamente todas as concorrentes da Beta, como a Kitty Hawk, do bilionário Larry Page, e a endinheirada Joby Aviation, visam transportar pessoas, permitindo que os habitantes das cidades voem por sobre as ruas travadas pelo trânsito. Clark, no entanto, projetou o Alia essencialmente como uma aeronave de carga, apostando que um grande mercado voltado aos depósitos do comércio eletrônico se desenvolverá muito antes de os táxis aéreos serem considerados seguros o suficiente para o transporte urbano.

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Contudo, a Fidelity Management e a Amazon, que estão investindo na Beta, esperam que a empresa repita o sucesso de outra startup de veículos elétricos que financiaram, cuja capitalização de mercado ultrapassou recentemente os US$ 100 bilhões.

Isto porque, “elas veem muitos paralelos entre a Beta e a Rivian”, comenta Edward Eppler, ex-banqueiro de investimentos do Goldman Sachs que ingressou na Beta como diretor financeiro após trabalhar em sua rodada da Série A, que arrecadou US$ 368 milhões em maio, a uma avaliação de US$ 1,4 bilhão.

No entanto, a Beta diz que a cabine bulbosa do Alia conseguirá transportar 270 quilos de carga útil, incluindo o piloto, por um máximo de 460 quilômetros. O que significa pelo menos 180 quilômetros a mais do que quaisquer concorrentes que tenham protótipos no ar – ou até 570 quilos por 370 quilômetros com uma das cinco baterias removidas. Clark prevê que os requisitos de reserva da FAA restringirão os voos a 230 quilômetros.

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Entretanto, a injeção de dinheiro veio um mês depois que a Beta conquistou um grande aval da UPS. A empresa de logística assinou uma carta de intenção de compra de até 150 aeronaves Alia, cujo preço deve ficar entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões cada. Os executivos da Beta também têm a esperança de receber um futuro pedido da Amazon, já que as duas gigantes estão buscando maneiras de cumprir as promessas de reduzir as emissões de carbono de suas operações de entrega de mercadorias.

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Desta forma, a Beta pretende começar a entregar as primeiras 10 aeronaves à UPS em 2024 – supondo-se que, até lá, ela receba a certificação de segurança da Administração Federal de Aviação (FAA) para o Alia. Caso contrário, a Força Aérea dos Estados Unidos pode acabar colocando o Alia em ação primeiro: a Beta fechou contratos no valor de US$ 43,6 milhões para testar a aeronave para uso militar. Em maio, o Alia se tornou a primeira aeronave elétrica a obter a aprovação de aeronavegabilidade da Força Aérea para voos tripulados.

Contudo, os voos frequentes gerarão economias à medida que os custos operacionais mais baixos entrem em ação. A Beta promete uma economia de 90% em combustível e manutenção mais barata devido ao menor número de peças nos sistemas de propulsão elétricos – além de uma redução de 35% se os computadores acabarem por expulsar os pilotos da cabine.

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