Após “The Merge” Ethereum tem salto em poder computacional. A atualização, que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (15), mudou o mecanismo de consenso do Ethereum de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para prova de participação (proof-of-stake, ou PoS). Na prática, isso fez a mineração de criptomoedas se tornar obsoleta na rede da segunda maior criptomoeda do mercado.
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Isto porque as especulações sobre o processo duraram meses. Esse processo, conhecido como “Merge” (Fusão, na tradução para o português), foi planejado com anos de antecedência, mas enfrentou muitos atrasos e não agradou todo mundo, em especial os mineradores.
Entretanto, o Ethereum Classic surgiu a partir de uma fork (bifurcação) da rede Ethereum em 2016. Naquele ano, uma organização autônoma descentralizada (DAO) construída na blockchain sofreu um hack de US$ 50 milhões, deixando todo mundo assustado. Na época, a comunidade decidiu “resetar” a rede para um estado antes do ataque virtual, o que apagaria o roubo do sistema.
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Contudo, nem todo mundo, no entanto, foi a favor da ideia, que iria contra a “bandeira” da descentralização levantada pelos projetos do mercado cripto. Os opositores então criaram o Ethereum Classic, e uma nova rede com o desvio milionário apagado foi criada, mantendo o nome Ethereum.
No entanto, após a Merge, o hashrate no Ethereum Classic, que continua com o modelo de prova de trabalho e depende de mineradores, passou de 70,5 terahash/segundo (TH/s) para 158,3 TH/s na manhã desta quinta, segundo dados da CoinWarz.
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Na Ravencoin, o hashrate cresceu de 8,9 Th/s para 15,9 TH/s nesta manhã, enquanto na Ergo ([ativo=ERG]) quase triplicou, passando de 22,42 terahash/segundo (TH/s) para quase 70 TH/s, de acordo com o pool de mineração 2Miners.com. O hashrate da Beam (BEAM) também quase triplicou nas últimas 24 horas.
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