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Autoridade eleitoral da Venezuela expõe repressão de Maduro para forçar divulgação de resultado eleitoral

Órgão do governo americano é acionado para prender Maduro na Argentina. A presidente do partido de centro-direita argentino Proposta Republicana (Propuesta Republicana), Patricia Bullrich, fez uma apresentação neste domingo (22) ao Drug Control Administration (DEA), órgão do governo americano

Uma das principais autoridades eleitorais da Venezuela, Juan Carlos Delpino, membro do Conselho Nacional Eleitoral (C.N.E.), fez uma declaração que pode abalar profundamente o país. Em entrevista, Delpino revelou que “não há provas” de que Nicolás Maduro realmente venceu as eleições realizadas no último dia 28 de julho. Essa declaração representa a primeira grande crítica vinda de dentro do próprio sistema eleitoral venezuelano.

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Desde o dia da votação, a legitimidade da reeleição de Maduro tem sido amplamente questionada por governos ao redor do mundo, que expressaram ceticismo e descrença em relação à reivindicação de vitória. No entanto, a confissão de Delpino, que é um dos dois membros do conselho eleitoral alinhados à oposição, é um marco, indicando falhas graves dentro do processo eleitoral.

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Delpino afirmou que “não havia recebido nenhuma evidência” de que Maduro obteve a maioria dos votos e criticou duramente o órgão eleitoral por “falhar com o país” ao declarar o ditador como vencedor sem provas. Ele pediu desculpas ao povo venezuelano, dizendo estar “envergonhado” pelo fracasso em realizar eleições transparentes e aceitas por todos.

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Delpino, que falou sob condição de anonimato por medo de represálias, destacou que as forças de segurança de Maduro têm reprimido duramente qualquer forma de dissidência, detendo pessoas que questionam o resultado das eleições. Desde sua nomeação para o C.N.E. em agosto passado, Delpino foi visto como uma tentativa de dar ao conselho um ar de equilíbrio e legitimidade, mas sua recente declaração sugere uma realidade diferente.

Nas eleições de julho, Maduro foi declarado vencedor por Elvis Amoroso, presidente do conselho eleitoral e aliado de longa data do ditador, com uma alegada maioria de votos. No entanto, até o momento, Amoroso não apresentou documentação que comprove a vitória de Maduro, enquanto a oposição já coletou registros impressos de mais de 25.000 urnas eletrônicas que indicariam a vitória do candidato opositor, Edmundo González.

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Essa revelação de Delpino pode ter um impacto significativo na já conturbada política venezuelana, levantando novas dúvidas sobre a legitimidade do governo de Maduro.

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