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Banco do Brasil capta US$ 750 milhões em primeira emissão de bonds sustentáveis. O Banco do Brasil (BBAS3) captou US$ 750 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões, pela cotação de fechamento do dólar nesta terça-feira), por meio de sua primeira emissão de títulos do tipo “sustainability bond“. Trata-se de um tipo de título privado de dívida, cujos recursos devem ser utilizados exclusivamente em projetos com finalidades sustentáveis, alinhadas a políticas ESG.

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Segundo o comunicado divulgado após o fechamento do mercado, o Banco do Brasil pagará um cupom (remuneração aos detentores dos bonds) de 6,25% ao ano. Os papéis vencerão em 18 de abril de 2030. A emissão foi realizada pela sua agência nas Ilhas Cayman. A instituição acrescentou que a liquidação financeira da operação ocorreu nesta terça-feira, 18.

Entenda o Sustainability Bond

Um Sustainability Bond (também conhecido como Green Bond, Social Bond ou Sustainability-Linked Bond) é um tipo de título de dívida emitido por empresas, governos ou organizações supranacionais para financiar projetos ou atividades que tenham impacto positivo no meio ambiente ou na sociedade. Esses títulos são diferentes dos títulos convencionais porque o dinheiro captado deve ser usado exclusivamente em projetos que promovam a sustentabilidade.

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Os Sustainability Bonds geralmente financiam projetos em áreas como energias renováveis, eficiência energética, transporte sustentável, construção verde, gestão de resíduos, saneamento básico, saúde, educação e outros setores que promovam o desenvolvimento sustentável. A emissão desses títulos pode ajudar as empresas e governos a cumprir suas metas de sustentabilidade e a melhorar sua reputação junto a investidores e à sociedade em geral.

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Os Sustainability Bonds são uma forma relativamente nova de investimento, mas têm ganhado popularidade nos últimos anos, à medida que mais empresas e governos reconhecem a importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental e social.

Os pontos negativos de um banco estatal captar sustainability bond

Há alguns pontos negativos que podem ser associados à captação de Sustainability Bonds por bancos estatais. Um deles é o risco político, já que os bancos estatais podem estar mais sujeitos a mudanças de políticas governamentais, o que pode afetar negativamente a capacidade do banco de cumprir as obrigações de pagamento de juros e principal da dívida emitida.

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Outro ponto negativo é a possibilidade de que os recursos captados através desses títulos possam ser mal direcionados ou utilizados de forma ineficiente, caso não haja uma adequada gestão dos projetos financiados. Isso pode levar a críticas por parte de investidores e da sociedade em geral, além de ter impacto negativo na reputação do banco.

Ademais, a captação de Sustainability Bonds pode aumentar a pressão por parte de investidores e da sociedade em geral para que o banco cumpra as metas de sustentabilidade estabelecidas, o que pode ser um desafio adicional para bancos estatais que já enfrentam outras pressões e limitações orçamentárias.

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No entanto, é importante destacar que esses pontos negativos não são exclusivos de bancos estatais e se aplicam a qualquer emissor de Sustainability Bonds, independentemente de sua natureza jurídica. O sucesso da captação de Sustainability Bonds depende da capacidade do emissor de gerenciar os recursos de forma eficiente e transparente, e de atender às expectativas dos investidores em relação à sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.