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Durante a tarde, o dólar renovou as cotações mínimas da sessão após a agência de classificação de risco S&P elevar a nota de longo prazo do Brasil para “BB, de “BB-“. A agência afirmou que a aprovação da reforma tributária estende o histórico de implementação de “políticas pragmáticas” no país nos últimos sete anos. Essa é a primeira vez desde 2019 sob Bolsonaro e antes da Pandemia, que o país recebe uma melhoria na classificação que foi perdida no governo Dilma. Além disso, a S&P ressaltou as demais reformas realizadas, incluindo a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central, o estabelecimento de regras fiscais e uma série de reformas microeconômicas em todos os setores implantadas no governo anterior.

Porém, a nota brasileira segue em território especulativo, dois degraus abaixo do chamado grau de investimento. A S&P informou que a perspectiva para a nota é estável.

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“(A elevação da nota do Brasil é) tem ressalvas que a agência coloca, de que o progresso fiscal ainda é lento, senão a nota poderia até melhorar mais, e se a questão fiscal se deteriorar, eles podem diminuir a nota”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes.

A falta de progresso na redução dos gastos públicos, considerados grandes, rígidos e ineficientes, é apontada como um dos principais desafios do governo brasileiro. Essa situação resultou em déficits fiscais consistentes, que têm impactado negativamente o setor financeiro e explicam em parte o fraco crescimento econômico do país.

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Apesar desses desafios, a S&P destaca que a trajetória de crescimento do Brasil tem apresentado melhorias nos últimos anos, embora ainda seja mais fraca em comparação com outros países emergentes. A agência estima que a economia brasileira cresça cerca de 3% em 2023, impulsionada pelo desempenho agrícola e pela recuperação dos salários reais.

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No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa ante uma cesta de divisas fortes e em relação à maior parte das demais divisas.

Às 17:19 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,30%, a 102,180.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de fevereiro.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em nova máxima histórica a 131,9 mil pontos, em alta de 0,59%. Novamente, o índice acompanhou os ganhos em Nova York e a alta das commodities. No meio da tarde, recebeu um novo impulso com a elevação do rating.

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Vale (0,70%) e Petrobras (1,14%) lideram as altas em pontos e foram as principais contribuições para o novo recorde do índice. A petroleira brasileira respondeu a alta de quase 2% no preço do petróleo Brent, que tem ficado mais caro conforme a tensão no Mar Vermelho se estende, e as empresas de frete globais começam a evitar a região.

Entre os destaques de alta, as ações da Braskem, registraram valorização de 7% após rumores de que a Petrobras pretende aumentar a participação na empresa.

Na ponta negativa, os papéis da Gerdau apresentaram queda de 2,46% após os analistas do Itaú BBA rebaixarem as perspectivas para a empresa. Em pontos, a principal a B3 foi a principal força contrária.

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