Carlos Wizard denuncia “intimidação por parte da Alpargatas”. O empresário Carlos Wizard Martins afirmou que está sofrendo uma “tentativa de intimidação” por parte da companhia Alpargatas. No ano passado, ele havia proposto uma arbitragem para discutir o ajuste de preço referente a uma parcela remanescente da compra de participação da Topper na Argentina. “É uma tática para forçar o recebimento antecipado de valores que seriam pagos até 2025″, justificou, em nota.
Na terça-feira 7, a Alpargatas (ALPA4), enviou um fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários informando ter entrado com um processo de execução judicial contra o empresário, pelo não pagamento da parcela, de R$ 89,7 milhões, que venceu no dia anterior.
Segundo a Alpargatas, a execução judicial atualmente tramita sob segredo de Justiça e visa à execução do montante total da compra, de R$ 266 milhões. O acordo de venda da Topper pela Alpargatas foi fechado em 2018.
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A Alpargatas também informou que Wizard instaurou procedimento arbitral no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil–Canadá, para discutir o descumprimento do acordo pelas partes.
Wizard explicou que havia proposto uma arbitragem, em agosto do ano passado, por discordar do valor estimado do saldo remanescente da aquisição.
Em nota, o empresário afirmou que a discordância teria ocorrido “em virtude de inconsistências no reembolso de indenizações; divergências sobre a dívida líquida da companhia; demandas de terceiro de responsabilidade da Alpargatas; e atos governamentais ocorridos na Argentina”.
Segundo o comunicado, a Alpargatas não teria mostrado interesse em discutir valores, e, portanto, o empresário teria proposto a arbitragem.
“Além de estranhamente não dar publicidade à arbitragem proposta, a Alpargatas comunicou ao mercado uma ação judicial que desconheço e que me causa enorme estranhamento, já que não se trata do foro eleito pelas partes em contrato”, disse o empresário.
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